segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

O CIRCO

O PSD é um circo. Há muito que se transformou nesse espectáculo. Para gáudio de muitos, mas para mal da democracia.

Marcelo Rebelo de Sousa é uma espécie de animador de serviço. Sempre presente. Expõe – com maior ou menor ênfase - os artistas, mas deixa o ar de frustração de quem gostaria de ser
anunciado e não anunciante. Pode ser que Deus desça de novo à terra!...

Passos Coelho é a jovem revelação no trapézio. Começou de pequenino e por isso tem experiência nos equilíbrios. Porém pouco habituado às grandes plateias está ainda refém dos mentores de sempre. O público gosta…mas não se sabe ainda o quanto.

Marques Mendes é o palhaço rico. Não há espectáculo sem ele. Há muito que mandou avisar. Eloquente quer passar o pensamento a livro. Aparência das ideias cuidadas, mas incapaz de seduzir as plateias. Faz rir q.b. e isso não chega.

Luis Filipe Meneses é o verdadeiro artista por isso tem direito a papel duplo: o palhaço pobre e o contorcionista. Faz rir as bancadas. Uns porque acreditam, outros pelo absurdo. Senhor de um perigoso populismo é o demagogo em palco. Consegue ainda fazer das ideias plasticina: dizer de manhã uma coisa e à tarde o seu contrário.

Manuela Ferreira Leite está transformada numa domadora de leões. Ainda que de chicote na mão – na tentativa formal de impor respeito – há sempre uns selvagens que andam mais ou menos à solta de forma indisciplinada.

Como qualquer domador de leões Ferreira Leite faz do silêncio uma arma, não vá o diabo tecê-las, sobretudo quando mete a cabeça nas circunstâncias mais arriscadas.

Mas como no circo, também aqui, a domadora de leões impressiona pela coragem, mas não cativa nem apaixona. Se perguntarem à plateia nunca deixa um registo indelével. Falta arte e paixão.
Se assim não fosse, o melhor circo do Mundo – o “Cirque du Soleil” – teria domadoras. Mas não têm!

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