quinta-feira, 30 de abril de 2009

O PERVERSO FINANCIAMENTO PARTIDÁRIO

Os partidos vivem num autismo absoluto. A desconfiança na democracia representativa é-lhes indiferente. Até ao dia!...

O país, em véspera de feriado e mergulhado na expectativa da Gripe A, continua - como sempre - indiferente ao quotidiano parlamentar. Mas há discussões que devem merecer melhor atenção!
Digna de registo a grande e perversa coligação na Assembleia da República. Hoje. Todos os partidos aprovaram um novo ordenamento jurídico para o financiamento dos partidos.

Todos os deputados, com a honrosa excepção de António José Seguro que nos vem habituando a posições sempre em defesa da ética republicana, aprovaram "de cruz" alterações absolutamente incompreensíveis!

Num tempo em que se discute o combate à corrupção (com rídiculas sucessões de pacotes legislativos de efeito meramente eleitoralista) os partidos optaram por aprovar um aumento de 55% no financimento privado. Fica assim mais aberta a porta para pressões e tentações...

A Democracia tem um preço. Esse preço deve ser assumido por todos. E mesmo que fosse mais elevado (que manifestamente não é!) o financimento público permite um controlo apertado das contas partidárias, responsabiliza mais os dirigentes, admite um escrutínio mais consistente e alinha nas medidas reconhecidas como eficazes no combate à corrupção.

Por outro lado, quando tanto se fala em candidaturas independentes e na oportunidade para esbater o monopólio dos partidos o financiamento privado é uma fórmula que apenas acentua a impossibilidade de alguns cidadãos, apesar do mérito, poderem assumir mais responsabilidades cívicas, porque menos engagados com os tradicionais interesses económicos...

É mais oneroso para o erário público assumir um custo com a actividade eleitoral dos partidos - de acordo com regras e critérios de fiscalização claros - ou assumir as perdas com as benesses e contrapartidas tantas vezes associadas ao financiamento privado (encapotado em donativos)?..

Parece-me evidente a resposta.
O modelo de financiamento privado faliu em todo o mundo. Apesar da crise económica vale a pena evitar, a todo o custo, a falência da política e das instituições. O financiamento público seria um passo relevante.

229 deputados não entenderam assim. O tempo virá a dar razão ao deputado que votou contra isoladamente!

ROTEIRO ELEITORAL PARA COIMBRA

Três actos eleitorais podem servir para muita coisa. Assim queira o povo e não se demita de tomar decisões. Devem, no mínimo, ser aproveitados para repensar Coimbra e o seu futuro estratégico. Haja agora quem tenha essa capacidade.

Já aqui deixámos o registo da relevância de ter Vital Moreira como cabeça de lista pelo PS para as eleições europeias. Apesar do desconforto para alguns socialistas locais (que se presumiam herdeiros de Fausto Correia na cadeira de Bruxelas, pasme-se!) Vital é uma excelente escolha e, estou certo, saberá colocar Coimbra no centro do debate europeu e a Europa no roteiro de discussão local.

Temos assistido a um PSD que não quer discutir a Europa (nada mais errado para um partido com responsabilidades europeístas), mas os detalhes da vida nacional. Pois bem, será que aqui em Coimbra também quer antecipar e esmiuçar a pobreza desta gestão autárquica?.. Vital, com certeza, dará também boa conta desse recado. Assim haja interlocutor, pois o Dr. Encarnação nessas horas desaparece e candidato europeu de Coimbra, no PSD nem nos dez primeiros…

Por outro lado, e infelizmente, o Dr. Encarnação habituou-se a não ter que se preocupar com o PS. Tem sido assim ao longo dos últimos anos e a actual incerteza na escolha do candidato socialista não augura nada de bom. Uma coisa é certa: secundarizar as escolhas autárquicas trará consigo um elevado preço político no futuro…

É bem verdade que uma mão cheia de boas ideias para Coimbra são essenciais para obter um bom resultado, porém não é menos verdadeiro que um candidato com tempo para conhecer e se dar a conhecer é essencial. O calendário corre contra quem vier por parte do PS, com maior ou menor notoriedade, e a final compreender-se-á se a escolha foi estratégica (a pensar no largo prazo) ou meramente casuística…

Por fim, as legislativas. Há que cuidar de evitar cometer os erros do passado recente: importar pessoas que, por muito estimáveis que sejam, nada têm a ver com Coimbra, cidade e região. Os dois maiores partidos, há quatro anos, desprezaram os eleitores locais “oferecendo-lhes” soluções que apenas respondiam às lógicas das cúpulas nacionais!..Os resultados estão à vista. São mensuráveis. Repetir a façanha é uma irresponsabilidade ou um atestado de incompetência (o que não me admiraria) a quem tem responsabilidades locais…

Há um risco que quero correr já: sugerir o nome de Paulo Campos, actual Secretário de Estado das Obras Públicas, que seria, a meu ver, um excelente cabeça de lista do Partido Socialista por Coimbra. Por diversas razões. Tem raízes: a família e o próprio mantém relação muito forte com a Beira Serra. Tem obra: é responsável por importantes eixos rodoviários neste distrito. Tem passado: é herdeiro de valores republicanos sólidos. Tem mundo: conhece o suficiente para aqui replicar bons modelos de governança. E tem juventude: poderia iniciar um novo tempo no PS de Coimbra voltado para o futuro, fazendo esquecer o passado recente.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

DEMOCRACIA DIGITAL XIII

Os comentadores são quase uma instituição em Portugal. Temos os que fazem considerações sobre futebol, sobre política, sobre economia. Sobre tudo e um par de botas. De tal modo que, tantas vezes, o comentador adquire maior notoriedade que o comentado, seja facto ou pessoa.

Pois bem, a entrevista do Primeiro-Ministro à RTP1 gerou um novo fenómeno e uma mudança de paradigma: o micro-comentário político. Democratizou-se na internet o comentário instantâneo e espontâneo. Passo a explicar: em simultâneo à prestação televisiva de José Sócrates milhares de cidadãos comentavam no “Twitter”. Em liberdade permitiam-se ridicularizar os adereços da Judite de Sousa, criticar alguma agressividade do político ou elogiar a capacidade argumentativa do mesmo e até pôr em questão a preparação estratégica dos entrevistadores.

Até ao momento, nunca em Portugal se tinha assistido a fenómeno idêntico. Tão interessante quanto reflecte a criatividade lusa, pois que tudo se reconduz apenas a 140 caracteres. Mais, a ferramenta adequa-se em tudo à nossa idiossincrasia: simplicidade e comodidade. Não temos de reflectir muito nem ter muito cuidado com a forma. Mas nem por isso as considerações tinham menor acutilância ou acuidade.

Acresce, que com o “Tweeter” podemos testemunhar debates e troca de argumentos entre protagonistas que habitualmente não nos estão acessíveis; levanta-se um manto de privacidade opinativa de alguns (designadamente jornalistas) que fogem assim à objectividade da notícia e passam a comentar em liberdade. Em suma, passamos a conhecer-nos melhor.

Essencialmente, a política (ou qualquer outra actividade com dimensão pública) está agora mais sujeita a escrutínio popular. Os palcos não se resumem aos “plateaux” televisivo ou às pianhas dos comícios. A política faz-se em todo o lado e por toda a gente. Ainda bem!

A riqueza dos micro-comentários ficou evidenciada quando, imediatamente após o debate, entraram em cena os comentadores profissionais, daqueles que nos entram em casa dia sim dia sim, com uma mão cheia de banalidades e evidências. Sobretudo, depois de ter assistido ao desfiar de ironia e à assertividade de alguns “tweets” fica sensação do “déjà vu” e compreendemos melhor porque os estudos recentes demonstram que a televisão perde – crescentemente - em tempo dedicado para a internet.

Publicado Jornal OJE

terça-feira, 21 de abril de 2009

VOTAR É..."BUÉ DA FIXE"!

A inscrição automática dos cidadãos com direito de voto acrescentou cerca de 650 mil novos eleitores aos cadernos eleitorais. Significa isto que, este ano, uma nova vaga de votantes – quase 8% do total – experimentará a sensação de escolher em democracia.

O governo atento – e bem! – a este facto entendeu lançar uma campanha para alerta cívico: “Votar é fácil”, através da qual os jovens irão receber mensagens (SMS) com a informação do respectivo local de voto. Interessante, mas ainda assim muito insuficiente!..

O governo teve com certeza presente que os jovens, e em especial os que usam as novas tecnologias – chamados “Digital Natives” – foram absolutamente determinantes na vitória de Obama. Existe, hoje, um pouco por todo o mundo, a tentativa de replicar a estratégia do actual Presidente Americano na sedução dos mais jovens eleitores por via das novas tecnologias.

Ora, votar devia ser uma festa, porque é um direito e os direitos devem celebrar-se. Mas, também, porque é um dever de cidadania e isso só existe em sociedades avançadas.

Infelizmente, a esmagadora maioria destes 650 mil novos eleitores não dão qualquer valor à sua nova condição de cidadãos plenos. Uns porque não conhecem a história recente e o significado da ausência de direitos; outros por tamanha desmotivação e ausência de referências cívicas e políticas.

Ora, para uns casos e para outros há soluções. Os governantes e, em particular, os partidos políticos deviam acordar para esta realidade não apenas de modo oportunista em ano eleitoral, mas de forma estruturante.

Fazer das eleições uma festa da democracia implica mudanças radicais na cultura política e partidária portuguesa!

Designadamente, é crucial que nas escolas existam planos curriculares de cidadania e de formação política. É imperativo que os partidos não permitam que haja “candidatos-fantasma”; assim como devem exigir a todos os candidatos um currículo profissional, académico ou percurso cívico minimamente meritório; é absurda a existência de candidatos arguidos, não obstante a presunção de inocência; é desejável a limitação de mandatos em todos os cargos de eleição…

Estas e outras tantas mudanças com certeza motivarão quem observa tão maus exemplos e, por isso, se sente desmotivado para participar. De outro modo, os novos eleitores saberão usar as novas tecnologias não para construir mas para contestar e criticar que sempre é mais fácil. Mas resulta menos profícuo para o país!..

sábado, 18 de abril de 2009

AS COISAS QUE NÃO SABEMOS NEM IMAGINAMOS...

Neste vídeo, absolutamente fantástico, tomamos contacto com dados incríveis, sobre os quais vale a pena reflectir.

Se dúvidas existiam quanto à mudança de paradigmas, aos efeitos da globalização e ao impacto da força inovadora na organização das sociedades actuais, então este vídeo ajuda-nos a esclarecer muita coisa!

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Conferência Cidadania Digital - Feira SPOT - Lisboa



Vídeo da apresentação feita na "Conferência Cidadania Digital", na SPOT - Feira da Juventude, em Março de 2009, Lisboa.

domingo, 12 de abril de 2009

DEMOCRACIA DIGITAL XII

As novas tecnologias são incontornáveis ferramentas de “agit-prop”. Já lá vai o tempo em que cartazes e pendões anunciavam manifestações e eventos de cariz político. Hoje, até as convocatórias por sms começam a perder terreno para outros meios mais inovadores e fortemente impactantes, como sejam as redes sociais e o “micro-blogging” (twitter). Actualmente as demissões ministeriais reclamam-se pela internet!

Esta semana trouxe-nos dois exemplos interessantes em que vale a pena atentar: um na longínqua Moldávia e outro na vizinha Espanha.

Os estudantes moldavos usaram o “Twitter” para convocar uma manifestação à porta do Parlamento contra os comunistas que, num retrocesso, ganharam recentemente as eleições. Em pouco mais de 48 horas conseguiram juntar 10.000 manifestantes.

Através de “micro-blogging” foram afinando os detalhes, as palavras de ordem e a estratégia. Por via do “Youtube” foram colocando os vídeos com testemunhos e reivindicações, angariando assim apoiantes para a respectiva causa. As autoridades reconheceram já que a inovação política usando ferramentas da net tinha causado um impacto muito elevado.

A nova Ministra da Cultura espanhola, Ángeles Gonzales-Sinde, até aqui Presidente da Academia das Artes e das Ciências Cinematográficas de Espanha, é publicamente uma feroz adversária dos “downloads” feitos aos milhares através do P2P (peer-to-peer), que apelidou já de pirataria. Por isso mesmo defende “mão dura” legal. A respectiva indigitação está a causar uma convulsão em parte da comunidade de internautas espanhóis.

Ora, veja-se: mesmo antes de tomar posse, a novel Ministra conta já com um grupo no Facebook pedindo que se vá. Em pouco mais de 24 horas obteve 2.000 adesões. De igual modo, no Twitter foi criada a conta “,Sinde Pirate”, que em 24 horas juntou quase 200 seguidores.

Ambos os casos são impressionantes, porquanto demonstram a capacidade mobilizadora, o ecletismo, a eficácia e o poder destas ferramentas. Importa não esquecer que os influenciadores sociais e políticos usam, regra geral, estes meios, assim como os jornalistas, criando-se assim um caldo crítico cujo impacto começa agora a descobrir-se um pouco por todo o mundo.

PUBLICADO NO JORNAL OJE

terça-feira, 7 de abril de 2009

CARTA ÀS MENINAS DO BLOG OSEXOEACIDADE

Estimadas Amigas,

Vejo que continuam envoltas em sucesso. Seja de dia ou de noite são cada vez mais uma referência. As menções em jornais nacionais vão-se multiplicando…

Não sei se tiveram conhecimento mas esta semana num dos programas mais vistos da TV americana (The Colbert Report) o Presidente da Associação Americana de Jornais, John Sturm, deixou a seguinte pérola: “o jornal é um blog que deixa tinta nas suas mãos”. Posição inusitada e francamente heterodoxa, sobretudo vinda de quem vem! Por todo o mundo logo dispararam as mais diversas reacções: de apoio e repúdio.

A verdade é que os jornais impressos, um pouco por todo o lado, estão a passar tempos muitos difíceis. Seja por falta de leitores, de patrocinadores ou tão somente da estratégia correcta. Por seu turno, os blogues florescem como cogumelos – muitos deles alimentados por jornalistas – e não páram de crescer os leitores ávidos de informação.

A estratégia de criação de edições jornalisticas “on-line” tem em muitos casos resultado. Já na articulação da edição impressa com o “on-line” contam-se pelos dedos os casos de sucesso…E é pena!

Em Portugal, começa-se agora a despertar para a importância da internet e de toda uma geração (ou gerações, diria mesmo) que ali buscam informação, conhecimento e inspiração.

As meninas com o vosso blogue são um exemplo muito interessante de sucesso que merece uma análise mais cuidada. Senão vejamos: de acordo com dados da Wordpress, em 2008, o vosso blogue teve uma média mensal de 51.000 visitas! Por exemplo, a circulação total do conjunto dos dois jornais diários de Coimbra (somadas as vendas, ofertas, assinaturas,..) foi, em 2008, cerca de 18.000/dia, segundo a Associação Portuguesa para o Controlo de Tiragem e Circulação.

A média mensal das meninas este ano já vai em 59.000! Há poucos assim no país! Crescimento significativo, hein?! Agora, a questão começa a ser o que fazer com estes números, que denotam credibilidade e muito mais do que mero voyeurismo…

É interessante observar como, por exemplo, outros jornais (e alguns directores, mesmo) têm usado a internet e muitas das suas ferramentas, designadamente as redes sociais e o micro-blogging (Twitter) para promoverem as edições on-line e impressas. Coisa que, aliás, as meninas também já começaram a fazer!

Fruto da vossa simpatia e da relação profícua que mantêm com um conhecido semanário local têm antecipado manchetes, feito eco de notícias exclusivas e, assim, ajudado a promover (estou seguro) aquele importante jornal...

Ora, hoje, o desafio que vos lanço é o seguinte: sem perderem a originalidade e o pícaro, sejam um caso nacional de sucesso transformando um blogue numa plataforma de informação que combine o imagem, som e as ferramentas mais avaçadas que o novo mundo tecnológico nos oferece.

O ideal seria, e pela primeira vez em Coimbra, contruir um consórcio de inovação, envolvendo nesse objectivos os principais agentes de informação local…Sedutoras como são, estou certo que conseguem!...

domingo, 5 de abril de 2009

SIMULADOR EM TEMPO-REAL DE EMISSÕES DE CO2

Fantástico site com um simulador em tempo-real das emissões planetárias de CO2!
Vale a pena espreitar e explorar, em nome de uma consciência ambiental que urge impor. Nas escolas, nas empresas e nas famílias. Já que os Estados...

sexta-feira, 3 de abril de 2009

DEMOCRACIA DIGITAL XI


A internet saiu à rua! Nalguns países está já de facto e não é meramente panfletário. Em 2008, o número de “hotspots wifi” cresceu, na Europa, 132%. Em Portugal, há ainda um longo caminho a percorrer.

A criação de “hotspots wifi” públicos – acessos à rede sem fios tendencialmente gratuitos – é um processo absolutamente incontornável, que irá além dos espaços universitários, museológicos ou repartições públicas.

“Acessível em qualquer momento e em qualquer lugar” é um pilar básico do moderno estilo de vida e de trabalho, por isso mesmo é cada vez mais impensável que a ligação à rede se faça apenas de casa ou do emprego e pela tradicional via dos cabos. Para tanto, a profusão de telemóveis com acesso à net tem contribuído de modo decisivo, mas ainda insuficiente.

Quando se fala tanto no regresso do Estado, creio que há um domínio onde o serviço público inelutavelmente se impõe: a criação de uma teia nacional de pontos públicos de acesso gratuito à internet, sobretudo junto de públicos mais desprotegidos e em estreita articulação com os municípios, sem ferir naturalmente as regras da concorrência. Há espaço para todos!

A este propósito, atentemos, pois, no exemplo do Rio de Janeiro, onde o Governo do Estado ofereceu aos moradores de algumas favelas o acesso gratuito à Web a partir de pontos “wifi” em banda larga. Dir-se-á que onde é preciso pão se dispensa a tecnologia. Nada mais errado, pois que a integração social e o processo educativo (meio caminho para obtenção de “pão”) são passos-chave para uma sociedade mais justa.

A inclusão digital de comunidades marginalizadas tem tido resultados sociais relevantes no Brasil. A possibilidade de haver pontos de acesso gratuitos democratiza e facilita a integração.

Em suma, a massificação no uso das novas tecnologias é determinante para a nossa modernização social e económica; de igual modo o acesso generalizado à internet enquanto fonte de informação e conhecimento é condição de uma sociedade mais forte e competitiva.~
PUBLICADO NO JORNAL OJE

quinta-feira, 2 de abril de 2009

CONFUSÃO SUECA

O McDonalds ameaça intentar, na Suécia, uma acção contra uma casa de striptease por eventual abuso no uso do logotipo.

Conforme se pode ver na imagem supra as semelhanças existem, mas longe de causar qualquer confusão. Ou talvez não...pois já se ouviram os maiores disparates justificativos entre clientes que se encontram neste tipo de casas:

Dois amigos, entre uma bailarina e outra que trocam de varão:
- "Então por aqui?"...
- "É, vim só comer um hamburguer!..."