terça-feira, 27 de janeiro de 2009

NOVOS DESAFIOS PARA A ACADÉMICA


Hoje, é empossado o novo presidente da maior associação académica do país. Parece-me oportuno e justo reconhecer o trabalho desenvolvido por quem cessa funções: André Oliveira.

André Oliveira teve a arte de reconciliar a “casa-mãe” com o Organismo Autónomo de Futebol, cuja presença permanente no apoio à equipa foi disso a prova evidente.

Aliás essa aproximação consistiu muitas vezes na recuperação da memória histórica. A homenagem recente a Jorge Humberto é apenas um exemplo.

Mais, André Oliveira não se reduziu ao papel de “contestatário-mor” do governo – que tanta e fácil mediatização lhe poderia proporcionar – é certo que ficará na história a foto em que conduz uma vaca pela Avenida Sá da Bandeira, mas deve igualmente registar-se as inúmeras preocupações sociais demonstradas, quer com estudantes quer com a comunidade, assim como no aprofundamento da relação entre a academia e o mercado de trabalho.

A Académica já retribuiu a André Oliveira o tempo lhe dedicou, fazendo dele um jovem mais maduro, mais experiente e, com certeza, mais preparado para a vida...inclusive política.

Ao presidente que, hoje, assume tão digna tarefa – Jorge Serrote – deixo-lhe algumas sugestões para uma academia moderna e de futuro:

a) aprofundar a relação da academia com o tecido produtivo e com o mercado da região, com base em programas de estágios não remunerados e de trabalho sazonal ao longo do ano lectivo;

b) investir na internacionalização da Academia de Coimbra, por via de projectos – além do Erasmus - que tragam para esta cidade estudantes das mais diversas geografias mundiais, fomentando uma rede de conhecimento global;

c) incentivar o voluntariado por entre a comunidade estudantil a favor de causas ambientais e sociais, aproximando mais os estudantes da cidade e da região;

d) estimular crescentemente a actividade das secções desportivas e culturais contribuindo decisivamente para a formação cívica e humana dos estudantes, marcando mais o calendário desportivo e cultural de Coimbra;

e) usar estrategicamente as novas tecnologias para comunicar com a comunidade estudantil e aproveitar a internet e as múltiplas redes sociais para reforçar o papel da academia de Coimbra no Mundo.

Enfim, Coimbra precisa de uma Académica forte, interventiva e inovadora para compensar o marasmo e a inoperância de quem dirige a Cidade.

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