sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

SURFAR NA NET

Experimente escrever a palavra “surf” num qualquer motor de pesquisa da internet e verá que o resultado condiz com o respeitável número de 119.000.000 de possibilidades. Impressionante, não? Mais ainda se compararmos com os meros 85.100.000 para “rugby” ou os 5.570.000 para “windsurf”. Claro está, que apenas podemos colocar “tags” cuja redacção seja comum à maioria dos idiomas.

Apesar de tudo, o repto lançado visa tão-somente confirmar o peso crescente que a Web tem na vida de quem gosta ou pratica surf, assim como o crescimento das comunidades surfistas no espaço global.

É pacificamente aceite que a esmagadora maioria dos adeptos e surfistas tem, hoje, na internet uma aliada de peso; afinal de contas, quem sai de casa – ainda que “o pico” fique a escassos 100 metros – sem observar as previsões do “swell” ou a temperatura do ar e da água? Quem nunca buscou inspiração para manobras mais arriscadas nos vídeos do top ASP? Quem nunca desejou fazer “upload” das fotos daquela surfada inesquecível na Indonésia? Diria que só mesmo os que ainda lá não foram…

O desafio, então, será ao longo das próximas edições da “Free Surf Magazine” descobrirmos o que a internet nos oferece de mais especial. Meter o olho em curiosidades e desvendar segredos dos e para os “cibersurfistas”.

Como o nosso povo ensina – e bem – que “é de pequenino que se torce o pepino”, assim como não há pai ou mãe surfista que não sonhe um dia partilhar com a cria a mesma onda, a nossa primeira sugestão vai para um site dedicado à pequenada: o www.surferbaby.com.

Este site é, sobretudo mas não exclusivamente, uma mega “surf-shop on line” dedicada a bebés e crianças. Porém, impressionante a diversidade de equipamentos, vestuário e apetrechos ligados ao surf que foram criados para os mais pequenos. Ou melhor, diria mesmo, para os pais dos mais pequenos, cuja paixão por este desporto acaba por levar à projecção nos respectivos filhos dos seus desejos e sonhos.

Uma coisa é certa qualquer campeão começa a “construir-se” muito cedo. Cada vez mais cedo. É, pois, natural que as marcas compreendam este processo evolutivo e antecipem em termos etários a oferta disponível. Afinal, é fantástico ver, por exemplo no Rio de Janeiro com grande frequência, crianças com 4 ou 5 anos a aprender a surfar. Em Portugal, este nicho de mercado está ainda por explorar, apesar da crise…

O reconhecido ensaísta francês do séc. XVI, Montaigne, escreveu que “a mais útil e honrosa ciência e ocupação da mulher é a ciência dos cuidados domésticos”. Talvez no tempo dele, pois, nada de mais errado nos dias que correm!

A emancipação feminina não chegou apenas aos bancos das faculdades. Entrou já mar adentro, por isso aqui fica uma menção especial a dois dos muitos sites dedicados ao surf no feminino. O www.surfergirls.com e o www.womenssurfstyle.com comprovam que a coragem não é apenas um atributo nosso, dos homens. Na verdade, Elas, associam à força um sentido estético e uma beleza incomparáveis quando no “outside”.

As mulheres ditam a moda. E o surf passou – por muito que não gostem alguns “velhos do restelo” – a estar na moda. Se dúvidas houvesse bastaria atentar no investimento criativo que as mais relevantes marcas de surf têm feito nos produtos femininos (roupas, pranchas, fatos,…) Em alguns torneios até salões de beleza na praia já foram montados…

Tempos houve em que as miúdas iam para a praia ver o “lourinho de cabelo comprido” apanhar ondas; hoje, começam, em muitas ocasiões, Eles a esperar na areia a última “dropada” do “borrachinho” para meter dois dedos de conversa. Não haja dúvidas, o tempo é no feminino e o surf (ainda bem, acrescento eu) não escapa à onda!

PUBLICADO NA FREESURF MAGAZINE

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