José Sócrates foi eleito com 96,43% dos votos, tendo-se registado 2,79% de votos em branco e 0,76% nulos.
O resultado é inequívoco e esclarecedor. Dá algum conforto a Sócrates, que nos últimos tempos tem estado debaixo de fogo. Porém, a curiosidade é ver o que fará o Secretário-Geral do PS com tamanha votação: o mesmo do passado, mantendo inalterado o status quo? Ou, ao invés, vai abrir o partido a uma nova geração e a novos protagonistas (à semelhança de Zapatero) preparando um novo fôlego e um novo rumo governativo para Outubro próximo.
Sócrates tem todos os ingredientes à sua disposição para marcar a diferença. Deve saber fazer a unidade de facto, partilhando espaços. Deve evitar a tentação da mensagem fácil em torno dos temas fracturantes, que resultam conjunturalmente mas não respondem às expectativas que sempre soube gerar em torno de si mesmo.
Acho, não obstante, que vai ficar tudo na mesma. É pena. Há dois anos atrás não era preocupante. Hoje, se assim acontecer, é decepcionante e, sobretudo, terá um custo político elevado.
A ver vamos.
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