sexta-feira, 2 de outubro de 2009

DEMOCRACIA DIGITAL XVIII

Nos últimos meses têm sido muitas as surpresas nas redes sociais onde habitualmente me insiro: informação a rodos; a adesão inesperada de muita gente; o reencontro de amigos de longa data; a percepção da importância que os políticos dão à “coisa” e discussões vivas e espontâneas sobre os mais diversos temas.

Não é por isso, para mim, novidade o que um estudo recente da consultora Nielsen vem confirmar: o tempo que os norte-americanos dedicam às redes sociais e blogues triplicou no espaço de um ano, equivalendo, assim, já a 17% do tempo global de navegação na net. Impressionante este pulo exponencial!

Isto significa também que há uma nova massa de utilizadores – que não apenas os “early adopters” e “digital natives” – que é transversal aos diversos grupos sócio-económicos e etários, dando volume ao tráfego relativo às redes sociais e retirando-os dos meios tradicionais (designadamente a TV). Quantos de nós não ficámos já surpreendidos por ver “seniores” ou gente supostamente excluída da net a pedir-nos que aceitássemos a respectiva adesão à rede?..

Ainda de acordo com aquele estudo, em algumas áreas, o investimento em redes sociais e blogues é particularmente forte: entretenimento (812% de aumento face a 40% de crescimento do investimento total on-line); viagens (364% de aumento face a 11% de diminuição do investimento total na rede); serviços financeiros (98% de aumento face a 11% diminuição do total on- line)…

Não por acaso as empresas observam, crescentemente, as redes sociais como espaços comerciais por excelência, sendo que nem todas têm adoptado a melhor estratégia, que aqui significa desde logo a menos intrusiva possível. Mas, a prova de que há um novo mercado em afirmação é que, pela 1ª vez no Reino Unido, os investimentos publicitários na net foram superiores aos da TV.

Este é o caminho!

Publicado no Jornal OJE

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