Começou um novo ciclo político no país, eis porque é oportuno falar em novos desafios para a estratégia nacional de digitalização.
Depois do “e-escola”, do “Novas Oportunidades” e do “e-escolinha” (Magalhães) resta-nos a população portuguesa mais envelhecida, cujos níveis de info-exclusão são ainda evidentes.
Ora, pois, uma oportunidade política! Desde logo, para reforço da credibilidade do governo estendendo à população mais envelhecida instrumentos de inclusão por via da formação e da literacia digital. Tal significaria consistência estratégica visto que dá a noção de plano integrado de acção governativa e não um conjunto de iniciativas dispersas no tempo e no espaço com uma lógica mais táctica e/ou até eleitoralista.
A população mais envelhecida, designadamente os reformados, poderiam contribuir mais activamente em vários domínios através da respectiva inclusão digital e seria uma oportunidade única de os relacionar com o modelo formativo criado para o “e-escolinhas” e “e-escolas” numa aposta transgeracional.
O “saber fazer” dos mais velhos aliar-se-ia à vocação digital dos mais novos numa experiência “win-win” singular, com ganhos evidentes para o país do ponto de vista social, cultural e até económico.
O fechar do ciclo com um programa tipo “e-senior” permitira dar rosto ao processo de aprendizagem ao longo da vida, hoje comprovado como decisivo nas sociedades mais envelhecidas como a europeia.
Envolver neste desiderato “Big Bet” multi-ministério vários parceiros privados e públicos é a chave do sucesso, donde se aproveitaria a rede já existente de Universidades Séniores, do INATEL, de Fundações e de IPSS para fazer de Portugal o 1º país do Mundo a adoptar esta solução de info-inclusão global.
Publicado no Jornal OJE
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