quinta-feira, 5 de março de 2009

SR. PRESIDENTE SABE QUANTO VALE COIMBRA?

A pergunta que titula o presente artigo tem, evidentemente, resposta pronta: não! Não, o Dr. Encarnação, não sabe nem imagina quanto vale Coimbra. A marca Coimbra, repleta de história e de passado, mas sobretudo enquanto símbolo de futuro e de modernidade.

Do elevado potencial desta cidade – uma espécie de bela-adormecida, quase anestesiada – vou tendo diversas provas. A última das quais através das redes sociais agora tão em voga. Refiro-me ao “Facebook” uma das mais potentes teias de relacionamento social na internet.

Alguém criou um grupo dedicado a Coimbra, no qual se agregam os que, pelos mais diversos motivos, têm esta cidade como denominador comum. Pois bem, das mais de seis centenas de registos nesse grupo, cerca de 90% são estrangeiros. A esmagadora maioria são jovens cidadãos nacionais de outros países, que, muito provavelmente, por aqui passaram nos Programas Erasmus.

Ora, resulta claro que há um número elevado de “embaixadores de Coimbra” espalhados pelo Mundo – regra geral com qualificações superiores – que Coimbra desconhece e não aproveita.

Não me refiro apenas aos estrangeiros, mas também aos que sendo naturais desta cidade tiveram de rumar a outras paragens. Seria importante, em consonância com a Universidade de Coimbra (a “Rede da UC” é um bom ponto de partida), fazer o levantamento desta massa crítica e colocá-la ao serviço do desenvolvimento local, lançando desafios empresariais, culturais ou mesmo sociais.

Aliás, um dado relevante é que a Universidade de Coimbra tem mais mobilidade “incoming” que “out going”, ou seja, recebe mais estudantes do que envia. Logo, e consequentemente, a cidade beneficia deste fluxo; porém, por apenas uns meses, quando deveria saber fazê-lo de outro modo.

Quando surgem, novamente, notícias sobre o encerramento da Penitenciária de Coimbra, insisto, mais do que nunca, no que defendi há 5 anos: a transformação daquele espaço no Centro Cultural de Coimbra e no Centro Erasmus por excelência, que possa representar a confluência de culturas e de diversidade através de iniciativas continuadas no domínio cultural, académico e social, fazendo de Coimbra cada vez mais a Capital do Conhecimento em Portugal num ano em que a Europa comemora o Ano Europeu da Criatividade e da Inovação.

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