terça-feira, 15 de setembro de 2009

APOLOGIA DO VOTO ÚTIL


O dicionário Priberam da língua portuguesa define “útil” como: “o que é necessário; que tem préstimo ou utilidade; proveitoso; vantajoso.” Pois bem, aproveitemos então esta definição para melhor compreender o que pode ser um voto útil nas próximas eleições.

Primeira premissa: apenas dois partidos têm possibilidade de vencer as eleições. Ganhar em política significa poder governar e, assim, influenciar o nosso destino colectivo; pelo que não ganhar é igualmente digno e faz parte das regras democráticas, mas tem muito menos impacto e influência nas nossas vidas.
Assim sendo, e ainda que em tese os votos sejam todos iguais, a verdade é que o peso eleitoral das nossas opções são diferentes. Votar no PS ou no PSD não é o mesmo que votar nos demais partidos. É a diferença entre definir quem ganha e não influenciar coisa nenhuma.

No actual contexto – é sabida a crise económica em que ainda nos encontramos e a instabilidade social inerente – o voto de cada português assume como nunca uma importância capital. Cada voto poderá fazer a diferença, não apenas entre quem ganha mas o que pode significar essa vitória.

Repare-se que o pior cenário para o nosso país seria juntar à crise económica uma crise política fruto de instabilidade e de ingovernabilidade. Ora, é exactamente isso que estará em causa nestas eleições: criar as condições para um partido ganhar com vantagem suficiente para prosseguir reformas e assim minimizar os efeitos da crise.

Voltemos, pois, à definição inicial: votar num dos dois partidos potencialmente ganhadores é, face ao contexto actual, necessário, por isso mesmo útil; votar num dos partidos que não têm matematicamente qualquer hipótese de governar não tem préstimo, por isso mesmo é inútil.

Posto isto, resta fazer a segunda opção: perceber qual dos votos úteis é mais vantajoso e proveitoso. O mesmo será dizer: votar no PS não é o mesmo que votar no PSD.

Não parece tarefa difícil já que ao longo destes últimos dias se perceberam – como nunca - as diferenças tamanhas entre os dois maiores partidos e, sobretudo, entre os dois protagonistas.
Ora, para que um voto útil seja verdadeiramente proveitoso não basta contribuir para quem ganha, importa olhar para o futuro e prosseguir o movimento reformista dos últimos anos. É que agora é a sério, mesmo!

1 comentário:

  1. Ou seja, para a Microsoft continuar a mandar em Portugal, é preciso que tudo continue na mesma (o tal "centrão")

    ResponderEliminar