tag:blogger.com,1999:blog-55835629602217732842024-03-06T01:06:36.386+00:00RICARDO CASTANHEIRA"Se um homem não sabe a que porto se dirige, nenhum vento lhe será favorável" (Séneca)Unknownnoreply@blogger.comBlogger234125tag:blogger.com,1999:blog-5583562960221773284.post-45929528135446090822012-08-08T18:18:00.003+01:002012-08-08T18:18:35.267+01:00O MITO<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjR03nlXLwkYm0jTCsGPLMVeuHGIMAOs0M3IUk9-0Idu7yGUYkRRezcU-9g375nO5-ZMtiBP-ZemEDBljKRuK5b9c0Gaad66itxYKhSK2SDjMQstOwJ1BFkJ80EeWu5DdBt8C_3vPwUeEbI/s1600/saude.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjR03nlXLwkYm0jTCsGPLMVeuHGIMAOs0M3IUk9-0Idu7yGUYkRRezcU-9g375nO5-ZMtiBP-ZemEDBljKRuK5b9c0Gaad66itxYKhSK2SDjMQstOwJ1BFkJ80EeWu5DdBt8C_3vPwUeEbI/s1600/saude.jpg" /></a></div>
<br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;">Escrevo na qualidade de pai. Não
me contaram. Aconceteu comigo. E, pensei inúmeras vezes no meu Amigo António
Arnaut, o pai do Serviço Nacional de Saúde (SNS), que ainda há bem pouco tempo
acusou o governo de “submeter o SNS à tortura do 'leito de Procusta',
sujeitando-o à desumanidade da sua visão neoliberal e mercantil". <o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;">Então vejamos. Hospital Distrital
de Faro, após uma passagem por um centro de saúde que se considerou inadequado
perante os fatos. Uma criança de dois anos e meio com a face aberta na
sequência de queda doméstica. Serviço de urgência pediátrica. Após 15 minutos
de espera, a triagem. Um médico pediatra espanhol informa que o Pedro deveria
ser observado por um cirurgião pediátrico, mas ressalva que apenas existe um no
hospital mais importante do Algarve – a região que concentra o maior número de
pessoas por km<sup>2</sup> nesta época do ano - e que, pasme-se, “está apenas
um dia por semana”. Por sorte (ou não como veremos) naquele dia ele estava de
serviço. Duas horas e meia depois, o Pedro, com dois anos e meio de idade,
continua com a face aberta à espera num serviço de urgências cujas instalações
são modernas e excelentes. Têm tudo. Ou melhor, quase tudo: equipamentos,
pacientes crianças... só faltam os médicos.<o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;">Tamanha espera, permitiu-me pensar
nas vezes que defendi com unhas e dentes o nosso SNS: a humanidade, a equidade
e o sentido republicano que lhe está subjacente. Mesmo quando a taxa moderadora
é de 20 euros, como agora. Vivendo hoje no Brasil, onde os cuidados de saúde
públicos são inenarráveis, tenho defendido ainda mais intransigentemente o
nosso modelo e o nosso SNS. Porém, perante a espera e o sofrimento na face
aberta de um filho com dois anos e meio de idade, confesso que me vi obrigado a
abandonar o mito do SNS e a descer à terra. Procurei, como alternativa, por um
hospital particular, em Faro. Existe e é ótimo, confesso. Abandonadas as
urgências pediátricas do público hospital distrital e entrado no hospital
particular, em 15 minutos o Pedro foi observado por uma pediatra também espanhola
e suturado por um cirugião pediátrico alemão. Assim nem mais. Custou sete vezes
mais que o público, é certo, mas foi dezes vezes mais rápido e eficiente. E, na
saúde é isso que interessa celeridade e eficência! <o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;">Enfim, no final desta lamentável
epopeia lembrei-me de Fernando Pessoa, que definiu o mito como “o nada que é
tudo”. Ora, o SNS é, hoje em dia, isso mesmo, nada mais que um mito.<o:p></o:p></span></span></div>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5583562960221773284.post-38609610302775043882012-08-02T17:32:00.001+01:002012-08-02T17:36:20.055+01:00META LONGÍNQUA<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjK7AbqeM7SaqhpieUA-b7XJ1xTBt4lSDTlYW2bmF8wjaZOm_G35zYEuwfoJw6lQIOGDazk8AOGTvKzfvozWmaSkhtqMEYMzWvRe5fXK9DBogZbcklw2qZUkcWfY97qObJcStR8U8sqysL-/s1600/olimpics.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="154" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjK7AbqeM7SaqhpieUA-b7XJ1xTBt4lSDTlYW2bmF8wjaZOm_G35zYEuwfoJw6lQIOGDazk8AOGTvKzfvozWmaSkhtqMEYMzWvRe5fXK9DBogZbcklw2qZUkcWfY97qObJcStR8U8sqysL-/s320/olimpics.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;">Parece que foi há muito tempo. E
foi mesmo! Resta-nos a memória dos Jogos Olímpicos de Los Angeles, Seul e
Atlanta. Foi lá que obtivémos os melhores resultados da história olímpica
portuguesa: Carlos Lopes, medalha de ouro em 1984. Rosa Mota, medalha de ouro
em 1988. Fernanda Ribeiro, medalha de ouro em 1996. <o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;">Até hoje, e desde a primeira
participação em 1912 (Estocolmo), os atletas portugueses conquistaram um total
de 22 medalhas. Número muito pouco expressivo se, sobretudo, comparado com outros
países da nossa dimensão: Polónia (261), Países Baixos (246), Grécia (108),
Finlândia (299), Dinamarca (170) e Suécia (475), por exemplo. Mas, quando
comparados com as potências desportivas mundiais, os resultados são risíveis –
para não dizer mais: EUA (2297), Grã Bretanha (715), França (636) e a extinta
União Soviética (1010).<o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;">Este ano, em Londres, e apesar
de ainda não terem terminado, os Jogos Olímpicos indiciam, uma vez mais, resultados
pouco auspiciosos para os portugueses. A novela da atleta desaparecida, porque
supostamente grávida, é apenas mais um exemplo da forma pouco profissional como
este certame é encarado em Portugal.<o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;">Os vencedores, sejam eles quais
forem mas sobretudo os olímpicos, constróiem-se com planos de longo prazo e com
fortes políticas públicas desportivas. E, se não sabemos fazer, copiemos (não é
pecado!) os programas dos países campeões mundiais de medalhas.<o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;">E em Portugal o que se passa? Os
dirigentes nas Federações e no Comité Olímpico perpetuam-se independentemente
dos maus resultados obtidos, morrendo sempre solteira a (ir)responsabilidade.
Os governos sucedem-se na perspetiva facilitista de meros distribuidores de
subsídios ao invés de estrategas globais e definidores dos indicadores públicos
de sucesso desportivo.<o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;">Em Portugal, não há cultura
desportiva, porque na escola primária o desporto não é estimulado; porque as
famílias preferem ter os filhos dentro de casa a ver televisão ou jogar
computador; porque há décadas acabou o desporto escolar e o desporto
universitário é uma ficção. <o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;">Enfim, passam-se os anos e fica
tudo na mesma. A cada quatro anos armamo-nos em adeptos de sofá - de pantufas e
cervejinha na mão - na esperança que o fado nos traga aquela medalhita que
garantirá uns diretos televisivos no aeroporto da Portela e o orgulho pátrio
desta “nação valente e imortal”. <o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<br /></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5583562960221773284.post-11520868540866614172012-07-31T17:25:00.001+01:002012-07-31T17:25:19.077+01:00CRISE?..<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxBiX06V_1G2iTAjWnm3uC7tavXJHByO1xmOLIiqPggTr63949JzPKiAwZVeS_i8dngbDTrQiiN64eY8Eej5JLKhgHwIqe7SODFuTlPtzkVdZauMYy4FR0qQ3_E39fGx52qaQw_Y4-nW1C/s1600/beiras.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxBiX06V_1G2iTAjWnm3uC7tavXJHByO1xmOLIiqPggTr63949JzPKiAwZVeS_i8dngbDTrQiiN64eY8Eej5JLKhgHwIqe7SODFuTlPtzkVdZauMYy4FR0qQ3_E39fGx52qaQw_Y4-nW1C/s320/beiras.JPG" width="283" /></a></div>
<br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Qual crise?.. Portugal – ou pelo menos uma parte dele –
continua a viver na abundância... Assim parece. <o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Figueira da Foz. A vetusta “Praia da Claridade” não se poderá
queixar apenas do vento, das baixas temperaturas para a época e da falta de
dinheiro. Deve, desde logo, queixar-se de si própria e da inabilidade dos seus
para fazer dela um sério e verdadeiro referencial turístico. E tanto que
precisa! <o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Chegado de um país (Brasil) onde a escassez de muita coisa
sempre foi genialmente superada pela simpatia e pela disponibilidade inata para
servir, constrange-me ver um dado Portugal a comportar-se com a mesma
arrogância e desinteligência de sempre.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Sinceramente não compreendo para que serviram rios de
dinheiro empatados ao longo destes anos em empresas municipais de turismo, em
ações de promoção em feiras internacionais e semanas de gastronomia local, nem
para onde foram milhões (supostamente) aplicados em formação e capacitação
profissional na restauração e hotelaria locais.<o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Afinal de contas, esta semana, testemunhei diversos
restaurantes, na Figueira da Foz, onde deixam de servir às dez da noite (!!),
outros que apenas vendem a “rainha sardinha” aos sábados e domingos ao almoço
e, regra geral, uma falta de profissionalismo e simpatia atrozes. Mais parece
um sacrifício ter de atender e servir os cada vez menos clientes deste canto à
beira-mar plantado. Coisa chata esta da época alta!<o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Por isso mesmo aquilo que poderia parecer uma provocação - o
título do presente artigo – não o é. Na verdade, o que se espera de um país que
está a viver dos mais difíceis momentos da sua história económica e social é
que aumente a produtividade, a eficiência e o profissionalismo como caminhos
únicos para a recuperação. <o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Todavia aquilo que, infelizmente, testemunhei, nos últimos
dias, foi a ausência de brio e de empenho de empresários e colaboradores num
setor estratégico para a região e país.<o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Quem dera fosse mentira, mas a crise existe mesmo! E a
leviandade também!..<o:p></o:p></span></span></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5583562960221773284.post-81623239755076393592012-07-20T12:17:00.004+01:002012-07-20T12:23:49.330+01:00QUERIDAS HEROÍNAS<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjW3JMhRSltVk2RHLNQRwL2UhFCTiHmgbtcP2KCPiK2MNX_8_iywCq789uiUQbzNX906UckTPf2ZUGmLGhWJG9jzTIiNEZRkqfI5Dr5PI5Hc6XjXv8j3hNPeY9PciHoTFY9itdQoERTSVG_/s1600/strong-women-in-workforce.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjW3JMhRSltVk2RHLNQRwL2UhFCTiHmgbtcP2KCPiK2MNX_8_iywCq789uiUQbzNX906UckTPf2ZUGmLGhWJG9jzTIiNEZRkqfI5Dr5PI5Hc6XjXv8j3hNPeY9PciHoTFY9itdQoERTSVG_/s320/strong-women-in-workforce.jpg" width="246" /></a></div>
<br />
<br />
<span style="font-size: 14pt;"><span style="font-family: Calibri;">Marissa
Mayer tornou-se esta semana uma celebridade rara. Afinal de contas, é mulher,
tem menos de 40 anos, assumiu a liderança da empresa de tecnologia Yahoo - ao
que parece a primeira CEO mulher entre as 500 empresas de TI da Fortune - e,
pasme-se, anunciou no primeiro dia da nova função que estava grávida!! Uma
heroína, pois, dos tempos modernos.<o:p></o:p></span></span><br />
<br />
<span style="font-size: 14pt;"><span style="font-family: Calibri;">Parece
incrível que no ano da graça de 2012 consideremos como inusitados estes fatos
relativos a uma mulher internacionalmente bem sucedida. Mais do que isso, é
grave! Significa que há ainda um longo caminho a percorrer nas políticas
públicas para o reconhecimento do papel social e económico da mulher, dentro
das próprias empresas e na mentalidade coletiva.<o:p></o:p></span></span><br />
<br />
<span style="font-size: 14pt;"><span style="font-family: Calibri;">É
neste contexto que o FMI anunciou, esta semana também, um estudo que advoga a
substituição do clássico abono de família - de duvidosa eficácia dos quase 30
euros/mês por filho - por incentivos às mães trabalhadoras como forma de gerar
empregos no feminino, sobretudo nos países do sul da europa. Ora, tal medida no
caso português é absolutamente inócua, porquanto Portugal já tem das maiores
taxas de mulheres-mães-trabalhadoras da europa. Setenta por cento da população
feminina portuguesa trabalha.<o:p></o:p></span></span><br />
<br />
<span style="font-size: 14pt;"><span style="font-family: Calibri;">Recuperemos
então o caso de Melissa Mayer, cujas exigências profissionais<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>e de dedicação de tempo à profissão são
invulgarmente elevadas, para deixar algumas considerações. O sucesso dela
depende do suporte familiar que com absoluta certeza terá, seja por um séquito
de empregadas domésticas seja por pais ou sogros; assim como apenas uma empresa
com vistas largas permitirá que muito tele-trabalho seja solução para a
mãe-excutiva.<o:p></o:p></span></span><br />
<br />
<span style="font-size: 14pt;"><span style="font-family: Calibri;">Conclusão,
melhor andaria o FMI se viesse propor estímulos fiscais às empresas que adotem
de modo rigoroso o tele-trabalho, assim como incentivos compensatórios para
quem investe na melhoria da organização familiar (seja por contratação de
domésticas seja por ocupação de idosos). Em qualquer um dos casos se geram,
aqui sim, novos empregos além de não estagnarem a taxa<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>de natalidade, um dos mais graves problemas
do mundo moderno para o qual ninguém olha!<o:p></o:p></span></span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5583562960221773284.post-87336857825127692992012-07-12T19:59:00.000+01:002012-07-12T19:59:37.870+01:00O PROFESSOR GREGO<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibsySY86_R8wLxBpejE7gf5v7sZYcqYVZ6aPHbwAySlpVXkDvbU8wD5UVZa9Rf5su23sJKbC93mijCxlabMudOR0UYcN6IPH5pQW3zPKgwp70P6t16QOa_A3nJKIH2VJTfB_R4lHzMXxcv/s1600/voluntario.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibsySY86_R8wLxBpejE7gf5v7sZYcqYVZ6aPHbwAySlpVXkDvbU8wD5UVZa9Rf5su23sJKbC93mijCxlabMudOR0UYcN6IPH5pQW3zPKgwp70P6t16QOa_A3nJKIH2VJTfB_R4lHzMXxcv/s1600/voluntario.png" /></a></div>
<br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Numa oportunidade única de ter à mesma mesa o Senador
Cristovam Buarque (ex-Ministro da Educação do Brasil) e o atual embaixador de
Portugal no Brasil, Francisco Ribeiro Telles, tive o privilégio de escutar e
aprender com as perspetivas políticas e diplomáticas para alguns dos principais
problemas que afetam os dois países e o mundo em geral.<o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">O Senador Buarque mencionou um exemplo que o marcara em
recente visita à Grécia e que diz muito do que se está a passar – e continuará
- na velha europa em recessão. Um professor universitário ateniense a quem o
governo cortara drasticamente o salário e o horário de trabalho viu-se na
contingência de rever todas as opções orçamentais familiares, desde logo passar
a usar transportes públicos ao invés de carro próprio e colocar o filho numa
escola pública retirando-o de um colégio privado. Até aqui, nada de novo. Temos
escutado todos semelhantes histórias, em Portugal também. <o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Acontece, que o inovador da estória reside no fato do dito
professor universitário, uma vez com o horário de trabalho reduzido, decidiu
emprestar o seu conhecimento e experiências académicas à nova escola pública do
filho, que se preparou para este tipo de novas circunstâncias. Ou seja, um novo
modelo de voluntariado a despontar que aproveita o “know how” e as
qualificações de uns para melhorar o ambiente e as competências escolares de
outros. Tal como ao Senador, também me pareceu oportuno e interessante.<o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">O maior desafio que o mundo moderno está a atravessar é no
seu modelo de distribuição de riqueza e de competências. Afinal de contas,
apesar da crise profunda, o número de milionários aumentou. Ao mesmo tempo que
o desemprego não pára. Existe aqui uma incongruência profunda que merece
respostas disruptivas.<o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Pensar em rever a jornada de trabalho pode ser uma opção para
repartir por mais a oportunidade de emprego. Assim, não se olha o problema
apenas do lado do salário. Concomitantemente, tem de refletir-se sobre o que
fazer e dar a fazer nos novos horários livres. Pois bem, o voluntariado
qualificado e qualificante como o expresso no exemplo do professor grego pode
ser uma opção, que o estado estimule através de benefícios fiscais quando
verificado em domínios públicos ou de elevado impacto social, económico e
educativo. Afinal, uns vão dedicar parte do seu tempo a melhorar a vida dos
outros. <o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Até<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>aqui o
voluntariado era para consumo pessoal e alimentar a auto-estima, a partir de
agora deve ser um modelo pensado publicamente, articulado com setores
estratégicos ou onde a crise impacta demais e com óbvio suporte governamental.<o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><br style="mso-special-character: line-break;" /><span style="font-family: Calibri;">
<br style="mso-special-character: line-break;" />
<o:p></o:p></span></span></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5583562960221773284.post-25230369912034910862012-07-06T15:10:00.001+01:002012-07-06T15:10:49.567+01:00CANUDOS HÁ MUITOS...<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikmgLcTbZcC1FSsRoBp1Qw1kG1zc6mkqqubEgmXnJOYHRocNLgYbrsoU0djefOhAgEVFv5dEXjLZkPRD1fXqwx-BtWfDCVF0YapkkKad1XJVc-6bHoDv0dWoDIODfyCxH-addSyObC5Gom/s1600/CANUDOS.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikmgLcTbZcC1FSsRoBp1Qw1kG1zc6mkqqubEgmXnJOYHRocNLgYbrsoU0djefOhAgEVFv5dEXjLZkPRD1fXqwx-BtWfDCVF0YapkkKad1XJVc-6bHoDv0dWoDIODfyCxH-addSyObC5Gom/s1600/CANUDOS.jpg" /></a></div>
<br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Volta não volta as licenciaturas dos políticos passam a fazer
as delícias da comunicação social portuguesa. Foi assim no passado recente e
parece voltar a repetir-se a história. O mundo luso pára para opinar e fazer
julgamentos. Todos têm opinião, mesmo os que (aparentemente) não têm a
licenciatura. Aliás o que terá comentado Miguel Relvas sobre José Sócrates no
passado recente?..<o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Mas o tema merece de fato este alarido todo? Não. É que este
não é com certeza um exclusivo dos políticos, apenas são mais escrutinados e
investigados. É um problema cultural do país. E isso sim é mais grave. Acresce,
que se olharmos para o estado atual e para a urgência dos problemas que brotam
como cogumelos – a taxa de desemprego galopante, a dívida pública, a crise
social,... - o sentido de urgência justificaria que o tempo e a energia
nacionais fossem aplicados de outra forma. Porém, obviamente, se olharmos do
ponto de vista da ética republicana não deve fazer-se em privado o que se
critica publicamente, nem fazer-se passar por aquilo que se não é. Há fatos e
omissões que carecem obviamente de explicação.<o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Agora, gostaria de destacar duas perspetivas diferentes
decorrentes deste assunto: a necessidade de qualificações dos políticos e a
qualidade do ensino superior privado.<o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Comecemos pela segunda, em todos os casos tornados públicos,
coincidência ou talvez não, estão envolvidas entidades de educação privadas.
Ora, na verdade, a proliferação desmusarada de universidades privadas promovida
pelos governos de Cavaco na década de noventa - sem qualquer controlo de
qualidade - burlou a expetativa de muitos que não viram o mercado
reconhecer-lhes o esforço, assim como deu azo a situações nublosas e pouco
credíveis. Assim sendo, o problema maior e que ninguém discute está na exigível
qualidade académica dos cursos de ensino superior e nos mecanismos de
atribuição de alvarás para operar efetivamente dentro de padrões
internacionais. <o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Ao mesmo tempo, já vi excelentes políticos – no sentido de
quem serve exemplarmente a república e os cidadãos – sem qualquer “canudo”,
assim como já vi delapidar o património coletivo a Professores Doutores! O
título não faz as pessoas nem as respetivas qualificações para a função.
Todavia, Portugal hoje precisa de outro tipo de políticos que jurem obediência
ao mérito, à competência comprovada, à responsabilização e à liberdade mais
profunda de pensamento. Mas esses escasseiam nos inadaptados e esclerosados
partidos que vamos tendo...<o:p></o:p></span></span></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5583562960221773284.post-84552351112519386622012-06-21T16:53:00.001+01:002012-06-21T16:53:23.576+01:00RIO+20, E AGORA?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAt6uogoa6wLhrjoRaTxi-ZjP5qDTdlq-ZdVvoFIQBZHx1suYFA_VxCacSuKGcP9EVMmIhdirlB822O9zPFjwVUgxKJUXvo3w5vomDkHU79wuYpOEHr6NvGQ5eywuAiHBQ4tEz-hYDCf_w/s1600/RIO.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAt6uogoa6wLhrjoRaTxi-ZjP5qDTdlq-ZdVvoFIQBZHx1suYFA_VxCacSuKGcP9EVMmIhdirlB822O9zPFjwVUgxKJUXvo3w5vomDkHU79wuYpOEHr6NvGQ5eywuAiHBQ4tEz-hYDCf_w/s1600/RIO.jpg" /></a></div>
<br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Ouvi, esta semana, no Rio de Janeiro, o seguinte comentário:
“Há 20 anos, na “ECO92”, a Europa dominou a agenda ambiental, hoje não se
pronunciou sequer sobre o desaparecimento dos icebergs, porque o foco é outro
afundamento, o da Grécia”. A verdade é que as agendas regionais e a atual crise
económica deixaram para segundo plano os objetivos centrais da Conferência das
Nações Unidas sobre Sustentabilidade. A economia real impôs-se à “economia
verde”.<o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">As principais potências mundiais acabaram por participar de
forma tímida no debate e, consequentemente, os demais países – sobretudo os
emergentes – reagiram de igual modo. Em suma, o desinteresse de uns justificou
a inépcia dos outros. Postura preocupante.<o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">O Secretário-Geral das Nações Unidas alertou várias vezes
para o fato de podermos não ter mais tempo para organizar a “Rio+40”, ou seja, em
20 anos os danos causados no ambiente serão (como em muitos casos hoje já
sentimos) irreversíveis. Sinceramente, o clima diplomático era de algum otimismo,
porém custa-me aceitar pacificamente que nestas conferências as declarações
finais sejam boas em si mesmo, apenas porque resultam da “arte do possível”.<o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Rever os modelos de crescimento dos países é imperativo não
apenas porque gera as manifestas desigualdades sociais que conhecemos, mas
igualmente porque têm sido feitos à custa de uma exploração desregrada e
desproporcionada dos recursos naturais. A situação é de emergência real,
todavia na agenda política a crise financeira e o desemprego deixam pouco espaço
para o ambiente e sustentabilidade. O que é um erro, pois eles são
concomitantes e não excludentes.<o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Enquanto isso, sabe-se já que a receita turística destes dias
de Rio+20 na “cidade maravilhosa” é superior a 60 milhões de reais. Impressionante
aporte! Porém, a verdade é que o Rio não estava preparado para receber este
tipo de eventos globais. Não tem infraestruturas (hoteleiras, viárias,
aeronáuticas,..) nem profissionalismo organizativo. As coisas acontecem porque
têm de acontecer, a custo elevado e consumindo muito da paciência e do tempo
coletivos.<o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">É uma pena. O Rio tem todas as condições naturais, mas
falta-lhe ainda o resto, que é muito. Vejamos agora como vai ser com a Copa do
Mundo e, em especial, com os Jogos Olímpicos. O temor aumentou!<o:p></o:p></span></span></div>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5583562960221773284.post-46282464575809674532012-06-15T06:17:00.001+01:002012-06-15T06:17:43.080+01:00A ACADÉMICA E A REGIÃO CENTRO<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUaW_rdDNlEM_1RjSFZUFPRw74tF8Mon4nt6UGGPMRQzsGd04qXFKqi1rg_IMy66w4TVbN5iCmze6O6ROENGrBQWNxj0A616PmTUqoYKhD9TZ9LPdZtIEOlZP3lSLpcB4iZJIMjIsn0WbA/s1600/academica.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUaW_rdDNlEM_1RjSFZUFPRw74tF8Mon4nt6UGGPMRQzsGd04qXFKqi1rg_IMy66w4TVbN5iCmze6O6ROENGrBQWNxj0A616PmTUqoYKhD9TZ9LPdZtIEOlZP3lSLpcB4iZJIMjIsn0WbA/s1600/academica.jpg" /></a></div>
<br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;">O estimulante desafio lançado
por este jornal traz-me à memória uma expressão célebre do ex-Presidente
americano John Kennedy: “<span><span style="color: #222222;">Não
pergunte o que o seu </span>país pode fazer</span><span><span style="color: #222222;"> por você. Pergunte o que você </span>pode fazer</span><span class="st"><span style="color: #222222;"> pelo seu país”, porquanto acho, salvo
melhor opinião, que a pergunta não é o que a região quer da Académica, mas ao
invés o que a Briosa quer da região.<o:p></o:p></span></span></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span class="st"><span style="color: #222222; font-size: 14pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;">Apesar de tudo, cabe aqui uma resalva: a Briosa tem dimensão
nacional. Muito mais que regional portanto. Aliás a única instituição (para
além de Benfica, Porto e Sporting) com esse cariz.<o:p></o:p></span></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span class="st"><span style="color: #222222; font-size: 14pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;">Ainda assim, a Académica é atualmente a principal e mais
reputada instituição desportiva do centro de Portugal. Tem o melhor palmarés, o
maior número de sócios e a maior notoriedade. Só por si são ingredientes mais
do que suficientes para podermos ambicionar mais.<o:p></o:p></span></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span class="st"><span style="color: #222222; font-size: 14pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;">A Académica tem que ter, desde logo, uma estratégia de abordagem
económica e social da região. Será que a tem?.. Na verdade, a formação nas
camadas jovens poderia, e deveria no meu entender, ser um ótimo ponto de
partida, pois trazer para Coimbra os potenciais craques dos distritos
limítrofes é um laço objetivo e afetivo com a região. A Académica passaria a
ser reconhecida como a “escola desportiva e de vida” de muitas crianças e adolescentes
de Aveiro a Castelo Branco e de Viseu a Leiria.<o:p></o:p></span></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span class="st"><span style="color: #222222; font-size: 14pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;">Por outro lado, a multiplicação e disseminação das “Casas da
Académica” pela região transformando-as nos principais pontos focais relevantes
para atrair novos associados, novos patrocinadores e potenciais atletas.<o:p></o:p></span></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span class="st"><span style="color: #222222; font-size: 14pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;">Existe ainda a necessidade óbvia de uma estratégia de
relacionamento institucional amigável e continuado da Académica com os
munícipios da região, podendo a imagem da Briosa – agora internacional por via
da Liga Europa – servir para promover não apenas a cidade do Mondego mas muitas
das atrações e pontos de interesse dos distritos da região.<o:p></o:p></span></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span class="st"><span style="color: #222222; font-size: 14pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;">Concluindo, esperar que a região – dos cidadãos anónimos aos
seus principais líderes – venham ter de mote próprio com a Briosa é uma
ingenuidade ou atavismo, por isso mesmo cabe-nos a todos os academistas e, em
especial, à direção da Académica traçar um rumo claro. Acima ficam algumas
ideias. O contexto atual é o ideal por força da dinâmica gerada pela vitória na
Taça de Portuga e a futura presença na Liga Europa.<o:p></o:p></span></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<br /></div>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5583562960221773284.post-33489498405739339162012-06-07T15:25:00.004+01:002012-06-07T15:25:48.568+01:00O CIRCO<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHR_o3HRV67I3A1CWzy7ltPThIpUTxZZ1q7uiPyUzDUPT7i0tqaBaunfQsSUkbzmxwX4vskt0-DNtNECnc1xOiJ3zyN8dk42lhGF62JXu3CuwpsH-VBJ0eG3iaykUJyUbrUNIDDB9KmhMN/s1600/fpf.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHR_o3HRV67I3A1CWzy7ltPThIpUTxZZ1q7uiPyUzDUPT7i0tqaBaunfQsSUkbzmxwX4vskt0-DNtNECnc1xOiJ3zyN8dk42lhGF62JXu3CuwpsH-VBJ0eG3iaykUJyUbrUNIDDB9KmhMN/s200/fpf.jpg" width="185" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Começa em breve mais um desafio europeu para Portugal. Desta
feita dentro de quatro linhas. Tal como fora delas, a Alemanha aparece-nos no
caminho. Desta vez não há Troika a mediar, mas vamos ver como se comporta o
juíz da partida. <o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Como sempre, os alemães partem favoritos, mas vejamos se –
como no passado – os surpreendemos com a nossa criatividade e improviso
peculiares. Na economia real não há espaço para improvisar, mas em campo e no
11 contra 11 é sempre bom deixar sonhar Ronaldo e Companhia. Há uma nação à
espera de uma vingança desportiva. Ansiosos por um nó cego nas medidas que
aprofundam a recessão e fazem aumentar o desemprego. Com “fair-play”, é certo,
vamos dar tudo para derrotar em campo a rapaziada da Senhora Merkel. Já que
para bater o pé, Passos e a trupe “não os têm no sítio”, esperemos, pois, que
Paulo Bento e os demais mostrem com quantos paus se faz uma jangada!<o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Enquanto houver vida há esperança. E esperança é coisa que
nunca faltou aos Portugueses. Falta-nos tanto, mas paciência temos para dar e
vender, por isso até ao apito final acreditamos! Nas guerras dos euros – a do
futebol e a da finança – estamos na mesma: com esperança e paciência. É o que
nos resta.<o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Ora, foi neste difícil contexto que o patético “mister” Manuel
José veio destilar fel relativamente à seleção portuguesa de futebol.
Classificou de “circo” a fase de preparação para o Europeu da Polónia e da Ucrânia.
“Mister” Carlos Queiróz, não querendo que a patetice fosse um exclusivo
daquele, aproveitou a onda e veio dizer “esfola”. <o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Manuel José e Carlos Queiróz devem estar de mal com a vida.
Afinal de contas, há muito que em Portugal ninguém os recruta...talvez seja por
isso. Ainda que os resultados finais lhes venham a dar razão – e objetivamente
a probabilidade é grande– o momento e a forma como decidiram vir publicamente
atacar técnicos e atletas portugueses é um erro e uma traição. Somos uns
craques a gerir mal o tempo.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Agora, o lado bom desta coisa, é interpretar as críticas com
motivação (“a la Mourinho!) e só há uma forma de responder aos algozes e
anunciantes da desgraça: é em campo. Com raça, motivação e entrega! <o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Força Portugal!<o:p></o:p></span></span></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5583562960221773284.post-17387594104594346112012-06-01T22:54:00.000+01:002012-06-01T22:54:16.740+01:00OS MISERÁVEIS<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgstIkXffENbjCyogSRifYZQ_XbSNIJ2xvRNzspYdtHRJX7nCGPK28AvSRaLyd_3A65UlkDCKB6Sx0_cFryTH27lXUjBMXO-TvB0cQlrGPuLJP43hXcS7yqJVUZWLSjytlnM95TkPPEeLli/s1600/miseraveis.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgstIkXffENbjCyogSRifYZQ_XbSNIJ2xvRNzspYdtHRJX7nCGPK28AvSRaLyd_3A65UlkDCKB6Sx0_cFryTH27lXUjBMXO-TvB0cQlrGPuLJP43hXcS7yqJVUZWLSjytlnM95TkPPEeLli/s1600/miseraveis.png" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;">Dá título a esta prosa a obra
prima do françês Victor Hugo em que a personagem principal, Jean Valjean, é o
expoente máximo do Homem que luta contra todas as adversidades e injustiças da
sociedade. Diria, hoje, um esterótipo de muitos milhares de portugueses que já
estão, ou prestes a estar, no rol dos 15% de desempregados. A maior tragédia da
sociedade lusa dos últimos 30 anos. <o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-size: 14pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;">Os números
assustam pelo crescente gigantismo, mas a inépcia política para os derrubar
revolta. Sobretudo, quando todos percebemos que a receita dos últimos dois anos
não resultou. Crescimento e emprego não se geram com mais impostos e cortes
salariais. Cortar “as gorduras” do setor público não implica forçosamente
estrangular empresas e pessoas.<o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-size: 14pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;">Não preciso citar
– uma vez mais, pois já o fiz amiúde – o Nobel Paul Krugman para reforçar que
menos investimento e mais impostos só trazem recessão, invocarei, antes, a
insuspeita economista Teodora Cardoso quando, ontem, reforçou a ideia de que “estamos
à beira do Terceiro Mundo”, dada a perda de competitividade forçada por
salários baixos e tamanha redução do investimento e poder de compra.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-size: 14pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;">Como Teodora bem
lembrou a competitividade depende muito mais da qualificação das pessoas e da
qualidade dos processos do que da redução dos custos de produção. Os setores de
ponta e tecnologia são disso um bom exemplo.<o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-size: 14pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;">Para confirmar
este discurso, noutra latitude, as autoridades brasileiras decidiram agora
baixar ainda mais as taxas de juro e ponderam reduções fiscais para estímular o
crescimento que está em queda por influência global. <o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-size: 14pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;">Portugal precisava
mudar de vida? Sim. Pena é que as vítimas sejam as gerações que nenhuma
responsabilidade tiveram no regabofe dos últimos 30 anos em que o desperdício e
a incompetência foram a palavra de ordem. Ainda vamos a tempo? Sim. Mas
expliquem-nos por favor o caminho e as razões do mesmo. Não estamos condenados
a ser miseráveis!<o:p></o:p></span></span></div>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5583562960221773284.post-28351111143603589392012-05-25T22:34:00.002+01:002012-05-25T22:35:27.080+01:00SERVIÇO PÚBLICO<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7AwwIU8DaXd4ygZFZZR1x04z3x65GWqoc4p-vrtyKUWZWQ1cI4AAx50_-P_9rm0_K0b7iYUGeFZRHqdFes78NcoKHrR6-06y12wYpwasO84L5f-bOA0bSiiYWvmtMkFVTbta9BWKURjGa/s1600/redes.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7AwwIU8DaXd4ygZFZZR1x04z3x65GWqoc4p-vrtyKUWZWQ1cI4AAx50_-P_9rm0_K0b7iYUGeFZRHqdFes78NcoKHrR6-06y12wYpwasO84L5f-bOA0bSiiYWvmtMkFVTbta9BWKURjGa/s1600/redes.jpg" /></a></div>
<br />
<br />
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Vivo num país – a 5ª potência do Mundo atual – onde a
educação pública é má, a saúde pública desaconselhável e, mais ou menos, tudo o
que é gerido a partir do Estado tem elevado grau de ineficiência e desconfiança.
Mas, <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>contexto atual, dá-me um bom termo
de comparação com os serviços públicos portugueses.<o:p></o:p></span></span><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">A saúde pública portuguesa é (ainda) uma das melhores do
Mundo. A escola pública (onde fiz orgulhosamente toda a minha formação) é de
elevada qualidade. E outros serviços de natureza pública são, regra geral,
bons, apesar dos nossos queixumes.<o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Obviamente, que, segundo índices de racionalidade económica e
por critérios de eficiência na gestão, há muito a fazer em Portugal. Muito onde
se pode cortar e muito mais ainda onde se pode estimular para obter melhores
resultados. <o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Mas o atual governo não quer melhorar os serviços públicos.
Quer acabar com eles. Chamam-lhe eufemisticamente privatização, mas na verdade
é extermínio. O governo de direita liberal que comanda os destinos de Portugal
está numa cruzada incessante de desmantelamento de tudo o que é ou cheira a
serviço público. O erro está, desde logo, no preconceito. Fazem-no porque ser
de direita - vem nos livros - é ser contra a presença do Estado em qualquer
setor. E isso é mau.<o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">O melhor exemplo de digno e relevante serviço público a que
assisti foi no passado domingo e prestado pela RTP. Acompanhou detalhadamente a
festa coimbrã com a vitória da Académica. Ninguém mais o faria. É serviço
público? É, porque a festa não é um exclusivo do Marquês de Pombal, nem da
Avenida dos Aliados. É também da Praça da República!<o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Querem poupar nas contas? Pois então não paguem fortunas ao
Futre, ao Baião e demais. Dêem oportunidade aos jovens jornalistas no
desemprego e aos muitos artistas desocupados que por bem menos demonstrarão
enormes capacidade, dons e atributos. Serviço público é também responder na
crise de forma diferente.<o:p></o:p></span></span></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5583562960221773284.post-91481618794318229342012-05-17T14:51:00.002+01:002012-05-17T14:51:23.092+01:00NUNCA NOS RENDEREMOS!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6XCQlfe2bUW9OWMRRpJti0_yD1n_YajKwcJ9XXTOguM-_y2E0lQsge5f7Hkx7Q6zrLD6t8S4pG4RAo_qqBulx0h2v9P2doHG2hke8CQSIqc44UAUiwx8iFuAliE9ogSMiCIzvT6wagRNC/s1600/jamor_2012.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6XCQlfe2bUW9OWMRRpJti0_yD1n_YajKwcJ9XXTOguM-_y2E0lQsge5f7Hkx7Q6zrLD6t8S4pG4RAo_qqBulx0h2v9P2doHG2hke8CQSIqc44UAUiwx8iFuAliE9ogSMiCIzvT6wagRNC/s320/jamor_2012.jpg" width="135" /></a></div>
<br />
<br />
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Este será um fim-de-semana especial. Muito especial, aliás. Regressar
a casa para junto da família e dos amigos seria por si só um prazer, mas
acrescentar uma ida à final do Jamor para ver a Briosa torna a coisa histórica
e indescritível.<o:p></o:p></span></span><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">A Académica já chegará ao épico Estádio Nacional vencedora.
Para lá chegar derrotou, entre outros, o Campeão Nacional. Um feito notável.
Uma vitória, portanto. Além disso, resistiu e não foi despromovida. Como sempre
um suplício. Mas outra vitória. Acresce, que também pode agora usar do epíteto
de “equipa europeia”. Ah, pois é! E é ou não outra vitória?..<o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Apesar de tudo, várias gerações - entre as quais a minha – desejam
poder reviver em 2012 o sonho da Briosa campeã no longínquo ano de 1939.
Concentremo-nos, então, no essencial: vencer no próximo domingo!<o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Não sei o que treinador e diretores irão dizer aos atletas
para os motivar nas horas que antecedem a partida. Sei, todavia, que esse
exercício não é um pormenor mas um “pormaior”. Sei que os grandes campeões são
exímios nessas sessões de motivação e de “team building”. Ora, perguntem ao
José Mourinho!..<o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Algumas ideias que os jogadores deverão ter em mente:
representar a secular Académica é um privilégio não um direito; não estaremos
perante uma simples partida de futebol mas num reencontro de Coimbra com a sua
história; a auto-estima de muitos milhares projeta-se no esforço dos 11 eleitos
e, acima de tudo, o segundo é o primeiro dos últimos. <o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">É, também, o tempo para revisitarmos um dos mais belos e marcantes
discursos da história mundial, quando Winston Churchill, em 1940, na Câmara dos
Comuns, após a derrota da França perante a Alemanha nazi, incitou os Ingleses
com: “</span><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri;">Lutaremos nas praias, lutaremos nos lugares onde estivermos, lutaremos
nos campos e nas ruas, lutaremos nas colinas, nunca nos renderemos...”.<o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Este é o espírito que se deseja. Lutar com “sangue, suor e
lágrimas” até ao último minuto para dignificar a memória e o futuro da melhor
instituição do mundo!<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></span></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5583562960221773284.post-22679816064593772812012-05-16T14:49:00.000+01:002012-05-16T14:49:22.637+01:00REGRESSO Á POLÍTICA<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixTgHDlL3gfA20CDsYq4eWBKC3UVFo1CmLvUobhOVAhq31mJyiORzBqsJrADmCwucdcfwIHvSny1ulktWXpk0QMqJOJTJgZEo1PF0ugGYG71h3V99yhSbVOq9QsLttmxlX0sb-s1WgXVGC/s1600/politica.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixTgHDlL3gfA20CDsYq4eWBKC3UVFo1CmLvUobhOVAhq31mJyiORzBqsJrADmCwucdcfwIHvSny1ulktWXpk0QMqJOJTJgZEo1PF0ugGYG71h3V99yhSbVOq9QsLttmxlX0sb-s1WgXVGC/s1600/politica.jpg" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">A França escolheu um novo presidente. De esquerda.
Assumidamente de esquerda. Sem equívocos. Isto significa que os franceses
optaram por uma mudança significativa, não apenas no estilo, mas no conteúdo
das políticas públicas.<o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">A França foi – há demasiado tempo – um laboratório político
essencial para a construção de medidas de proteção social, defesa dos
trabalhadores e garantia de direitos. Um exemplo para muitos outros países.
Depois, veio o declínio. Da economia francesa e da política francesa. Há muito
que a França não influencia em nada.<o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Ora, neste momento de profunda crise europeia, a França pode
ter uma palavra muito relevante. Sobretudo para não deixar aprofundar o fosso
entre os do Sul e os outros. E, ainda, conter o desmando liberal-radical da
egoísta senhora Merkel.<o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Curioso – ou talvez não – na mesma semana, o Presidente dos
Estados Unidos assume uma medida histórica do ponto de vista dos direitos
civis: o reconhecimento do casamento entre pessoas do mesmo sexo. Quem conhece
o conservadorismo (tantas vezes cínico e farisaico) dos americanos sabe o
impacto político deste anúncio.<o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Obama demonstra uma vez mais coragem e sentido estratégico. A
seis meses das eleições quer deixar bem clara a diferença ideológica entre os
democratas e os conservadores. O “casamento gay” é não apenas importante como
medida para o reconhecimento da igualdade nos direitos, mas tem um significado
político incontornável: tal como em França, hoje, nos EUA discutem-se posições
perante a economia e a sociedade com forte pendor ideológico. Obama percebeu
que vale a pena arriscar e ir mais fundo.<o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Este regressso à política ou ao sentido mais ideológico das
funções governativas é bom para o Mundo. Enquanto isso, em Portugal, nada de
novo...<o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<br /></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5583562960221773284.post-63482889845234149852012-05-03T17:49:00.001+01:002012-05-03T17:49:12.221+01:00TEMPO DE QUEIMA<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGZGColmM8UVkO_Sr2Yuh6wTR1vUulMl7M7Qk5xt9ct8ZqRrNWTfojsgWqBoyG6CzOcGi5VTbKaduAnPGQ9img2I6a8tPq_Z8BI02b8ar6ONcVTeTRQ7yGbgmCRIl5Cke6AIIY0I-FYYIz/s1600/queima.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGZGColmM8UVkO_Sr2Yuh6wTR1vUulMl7M7Qk5xt9ct8ZqRrNWTfojsgWqBoyG6CzOcGi5VTbKaduAnPGQ9img2I6a8tPq_Z8BI02b8ar6ONcVTeTRQ7yGbgmCRIl5Cke6AIIY0I-FYYIz/s1600/queima.png" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">“O primeiro a gente nunca esquece” é uma frase reconhecida
por todos no Brasil. Resultou de um slogan criado por Washington Olivetto para
promover, há muitos anos, a venda de um soutiã. Desde então, a frase-slogan
passou a ter as mais diversas utilizações e significados...<o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Lembrei-me disto ao recordar que esta é, com certeza, a
semana mais importante do ano para os estudantes de Coimbra. Aproveitem-na,
pois! Muitas das marcas indeléveis dos tempos universitários constróem-se, a
cada ano, por estes dias de Maio.<o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Pelo menos, comigo, foi assim! A primeira nunca esqueci, mas
as seguintes também não!..<o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Hoje, compreendo, mais do que nunca, que a distância física
aumenta a necessidade de referenciais. Seja em relação a pessoas, a entidades
ou ao país como um todo. Viver deste lado do Atlântico – a muitos milhares de
quilómetros das origens – dá uma relevância nunca sentida às coisas mais
simples da vida. E a semana da Queima era uma dessas coisas simples da vida e,
também, uma das mais esperadas. <o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">O genial filósofo Eduardo Lourenço referiu-se, há uns dias, a
Coimbra como “uma cidade de ordem poética”. É o de fato. Se assim não fosse, as
memórias de tantas e tantas gerações passadas por Coimbra seriam algo vago e
superficial. Sabemos bem que não são! Sabemos todos que Coimbra tem uma magia
única de atrair para o resto da vida, mesmo quando é provinciana, ingrata e
atávica. <o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Será por isso que até os exageros próprios da semana da
Queima têm o seu lado poético... <o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Enfim, os dias atuais são difíceis, sobretudo para quem está
prestes a terminar a universidade em Portugal. Mas, ainda assim, aproveitem
estes momentos únicos e irrepetíveis. Sonhem os vossos próprios sonhos
embalados por uma Coimbra única.<o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Na próxima semana haverá tempo de sobra para compreender como
enfrentar o futuro. <o:p></o:p></span></span></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5583562960221773284.post-76338439592257295392012-04-05T18:29:00.000+01:002012-04-05T18:29:08.028+01:00NOVIDADE POLÍTICA<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFKCcZy7k1uC2uSsQfO4niiPQpDbUWIdL3UH-e6114WXErO00QOo-95zCP0kWVY6X1p3P_xoKK1hyphenhyphenmD41oaUUJXQ2fAX5fIipmIY71Cpc7SKc-TVFAGg7lpRkL-aEr983Qi-7PY1xiKwt-/s1600/new.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFKCcZy7k1uC2uSsQfO4niiPQpDbUWIdL3UH-e6114WXErO00QOo-95zCP0kWVY6X1p3P_xoKK1hyphenhyphenmD41oaUUJXQ2fAX5fIipmIY71Cpc7SKc-TVFAGg7lpRkL-aEr983Qi-7PY1xiKwt-/s1600/new.jpg" /></a></div><br />
<br />
<span lang="PT-BR" style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 14pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR;">Esta semana, uma importante pesquisa divulgou que a Presidente Dilma Rousseff detém aprovação pessoal de 77% dos brasileiros. Resultado impressionante ao final de um ano de mandato, sobretudo se considerarmos que perdeu meia-dúzia de ministros pelo caminho e que a economia não cresce como desejado. Para se ter a noção real do que significa este apoio faça-se a comparação com os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Lula da Silva, que, em igual período dos seus governos, tinham “apenas” 60% e 54% respetivamente.<o:p></o:p></span><br />
<br />
<div style="line-height: 115%; text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 14pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR;">Dilma, a quem acusavam de falta de carisma representa algo novo na política brasileira. E é essa novidade que seduz e a transforma em produto popular. Ou seja, numa sociedade estigmatizada pela corrupção e pela suspeição permanente, Dilma adotou uma postura de firme condenação do fenómeno e de evidente distanciamento face aos suspeitos, mesmo quando seus apoiantes. Isso, de forma tão ostensiva, é novo no Brasil. Há uma geração nova que desejava essa atitude.<o:p></o:p></span></div><br />
<div style="line-height: 115%; text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 14pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR;">Por outro lado, no Brasil, apesar da riqueza de recursos, faltam políticas de gestão pública focadas em eficiência e resultados. No meio do processo burocrático consome-se demasiado tempo, energia e meios, prejudicando o objetivo central. Os americanos usam a expressão “accountability” para descrever a relevância de avaliação responsável permanente para análise de eficiência e resultados. Algo que falta muito em Portugal também... Ora, Dilma – que é sobretudo uma gestora e aprendiz de política – tem essa obsessão com a dita “accountability” pública. Algo novo também!<o:p></o:p></span></div><br />
<div style="line-height: 115%; text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 14pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR;">Enfim, poderíamos continuar, mas, essencialmente, a conclusão é que há uma mudança global dos perfis políticos e do que os cidadãos esperam de quem os governa. Anseiam por rostos novos, com percursos diferentes, com vidas comuns e iguais às suas, com ambição, com experiências globais e próprias do tempo que vivemos. Alguém duvida que os eleitores conscientes estão fartos dos mesmos de sempre com a política do costume?..<o:p></o:p></span></div><br />
<div style="line-height: 115%; text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 14pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR;">Ao escrever estas linhas, dei-me conta que o PS em Coimbra anunciou para breve a escolha do seu candidato à Câmara Municipal, talvez fosse oportuno olhar para o passado recente e, sobretudo, para o futuro para fazer a escolha certa. Já agora algo novo. Como Dilma, por exemplo.<o:p></o:p></span></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5583562960221773284.post-15209900409833647642012-03-29T21:16:00.000+01:002012-03-29T21:16:47.021+01:00CUSPIR NA SOPA!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVSNd6mhqJI0kPrCGFM8BplL1a6jmVxgFcEtTTdQ9ibExbTzENysBjPWAjzxWX7oTlMxATSIZyF5rmfWqNg1LJ7FUj5yN_kLRjjEvbfRN2L0UYUBasSrCU7IQqQ_kGJxDh1uz1tAuGc_eL/s1600/terra.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVSNd6mhqJI0kPrCGFM8BplL1a6jmVxgFcEtTTdQ9ibExbTzENysBjPWAjzxWX7oTlMxATSIZyF5rmfWqNg1LJ7FUj5yN_kLRjjEvbfRN2L0UYUBasSrCU7IQqQ_kGJxDh1uz1tAuGc_eL/s1600/terra.png" /></a></div><br />
<br />
<span lang="PT" style="font-size: 14pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"><span style="font-family: Calibri;">O Brasil tem no petróleo uma das suas riquezas atuais e um motivo de esperança assumida num futuro melhor. Enquanto os políticos discutem (e não se entendem) quanto à distribuição e afetação dos “royalties”, os derrames e desastres ecológicos sucedem-se. Pior: a ideia que fica é a de uma impotência absoluta face aos fatos. Ou seja, este exemplo serve apenas para demonstrar como o “país do pré-sal” tem no seu atual motivo de júbilo um elevadíssimo risco ambiental. E, “estão nem aí”...<o:p></o:p></span></span><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span lang="PT" style="font-size: 14pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"><span style="font-family: Calibri;">Durante muito tempo, um pouco por todo o lado, a ecologia foi uma importante bandeira política. Sinal de modernidade. Criaram-se mesmo partidos com pendor ambientalista. Os anos passaram e “os verdes” até chegaram ao poder em relevantes países do mundo. Mas, e isso mudou alguma coisa?..<o:p></o:p></span></span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span lang="PT" style="font-size: 14pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"><span style="font-family: Calibri;">O que mudou mesmo foram as preocupações das pessoas. Hoje, a questão ambiental não aparece entre as prioridades dos cidadãos, ao invés do emprego, da saúde e da habitação, núcleo das inquietações individuais.<o:p></o:p></span></span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span lang="PT" style="font-size: 14pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"><span style="font-family: Calibri;">A Rio+20 – conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>–vai ter lugar, em Junho, no Rio de Janeiro. Já muito se fala da dita, sobretudo porque há meses que a capacidade hoteleira do Rio esgotou e se abrem ótimas perspetivas de negócios para os diversos setores, em especial o turístico. Quanto ao objeto que se lá vai tratar, a espaços ouvem-se uns rumores...<o:p></o:p></span></span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span lang="PT" style="font-size: 14pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"><span style="font-family: Calibri;">Mas se observarmos o que mudou desde a Conferência do Clima, também no Rio, em 1992, chegaremos a tristes e decepcionantes conclusões.<o:p></o:p></span></span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span lang="PT" style="font-size: 14pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"><span style="font-family: Calibri;">Os Estados, na voracidade dos dias globais em que a competitivade internacional impera, acabam por estar mais preocupados com os baixos custos produtivos e com o acesso ao capital do que propriamente com a sustentabilidade ambiental.<o:p></o:p></span></span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span lang="PT" style="font-size: 14pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"><span style="font-family: Calibri;">Produzem convenções juridicamente pomposas – que uns assinam e outros não, mas que raramente alguém respeita porque não há verdadeiros mecanismos de fiscalização e penalização - criaram mercados para comercializar carbono e outro tipo de inovações que ninguém entende, mas o saneamento básico continua por fazer, o tratamento e reciclagem dos resíduos é uma miragem e as reservas de água seguem maltratadas um pouco por todo o mundo.<o:p></o:p></span></span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span lang="PT" style="font-size: 14pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"><span style="font-family: Calibri;">Em suma, andamos literalmente a “cuspir na sopa”.<o:p></o:p></span></span></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5583562960221773284.post-39859051860418168092012-03-01T18:33:00.000+00:002012-03-01T18:33:46.964+00:00E A CULPA É DO GALLO!?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGzBrlFwKbG5Y3tOAXSuOntU-KDALBpV_bsk6-K47jlFzIWcV005grZCdCEDTStMUjRIhTyst5FLeZB5NYlB_ppqlL9qxk0KngI0j4hORohulr797vdPtMVDk8rvdmeAwMUkNkqYnQvKkY/s1600/galo.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGzBrlFwKbG5Y3tOAXSuOntU-KDALBpV_bsk6-K47jlFzIWcV005grZCdCEDTStMUjRIhTyst5FLeZB5NYlB_ppqlL9qxk0KngI0j4hORohulr797vdPtMVDk8rvdmeAwMUkNkqYnQvKkY/s1600/galo.png" /></a></div><br />
<span lang="PT" style="font-size: 14pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"><span style="font-family: Calibri;">Uma das mais recentes campanhas publicitárias do Azeite Gallo, no Brasil, está a ser alvo de queixas por alegado racismo. A marca decidiu salientar a importância do vidro escuro para preservação de determinadas qualidades e características do produto. Simples. Na base da reclamação, pasme-se, está o slogan “Nosso azeite é rico. O vidro escuro é o segurança”. Como dizem por estas bandas: “me poupe”.<o:p></o:p></span></span><br />
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<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span lang="PT" style="font-size: 14pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"><span style="font-family: Calibri;">É um absurdo ver numa mera campanha publicitária que, por ser isso mesmo, recorre a efeitos linguísticos e de imagem especiais, um atentado racista. Neste caso a situação torna-se ainda mais ridícula quanto é sabida e reconhecida a associação no Brasil entre ricos e segurança e que a maior parte destes se veste de preto ou são mesmo de raça negra. Estavámos então perante estereótipos, apenas.<o:p></o:p></span></span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span lang="PT" style="font-size: 14pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"><span style="font-family: Calibri;">Acresce, que, no Brasil, o tema do racismo é ainda hoje uma questão mal resolvida e que muitas vezes serve (vezes demais, diria) para fazer ajustes com a história. Se a marca de azeite Gallo não fosse portuguesa teria havido semelhante reação? Fica a pergunta...<o:p></o:p></span></span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span lang="PT" style="font-size: 14pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"><span style="font-family: Calibri;">Por outro lado, o tema racismo responde e alimenta diversos interesses por estas bandas. Desde Organizações Não Governamentais que vivem por conta do erário público para tratar do tema até partidos políticos que fazem dessa bandeira um fantasma com intuito eleitoralista, vê-se de tudo.<o:p></o:p></span></span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span lang="PT" style="font-size: 14pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"><span style="font-family: Calibri;">O racismo existe. Seria impossível não existir numa sociedade onde a miscigenação cultural é tão evidente e, sobretudo, onde as desigualdades sociais são ainda tão gritantes. Porém estes problemas resolvem-se de outra forma que não acusando uma campanha publicitária inofensiva de um azeite português.<o:p></o:p></span></span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><em><span lang="PT-BR" style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 14pt; font-style: normal; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-style: italic;">Finalmente, um dado relevante do Censos 2010: há mais pessoas declarando-se pretas e pardas. Este grupo subiu para 43,1% e 7,6%, respetivamente, na década de 2000, enquanto, no censo anterior, era 38,4% e 6,2% do total da população </span></em><span style="font-family: Calibri;"><span class="hilite"><span lang="PT-BR" style="font-size: 14pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-style: italic;">brasil</span></span><em><span lang="PT-BR" style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 14pt; font-style: normal; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-style: italic;">eira. Já a população branca representava, em 2010, 47,7% do total; a população amarela (oriental) 1,1% e, a indígena, 0,4%.</span></em><span lang="PT-BR" style="font-size: 14pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"> </span><span lang="PT" style="font-size: 14pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"><o:p></o:p></span></span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span lang="PT" style="font-size: 14pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"><span style="font-family: Calibri;">Arriscaria, assim, dizer que, hoje em dia, quando quase metade da população é negra ou parda o racismo é um fenómeno muito mais económico que cultural. E a culpa é do Gallo!?..<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></span></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5583562960221773284.post-45835186681069719512012-02-24T11:01:00.000+00:002012-02-24T11:01:21.562+00:00INSPIRAÇÃO COREANA<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkbwBVUSPkSTbbwQrYRC-JNsvYZJO4mKcLXsHyh93y6OySJu-KvGUI6qknjFnp6EzKJqbm8tPIajFFia9rwkvpGhSChXQD_gooJyQVpvQf46JiZ96o-qhTybd_HqqlTc4NqCImg-w7bK8U/s1600/coreia.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkbwBVUSPkSTbbwQrYRC-JNsvYZJO4mKcLXsHyh93y6OySJu-KvGUI6qknjFnp6EzKJqbm8tPIajFFia9rwkvpGhSChXQD_gooJyQVpvQf46JiZ96o-qhTybd_HqqlTc4NqCImg-w7bK8U/s1600/coreia.jpg" /></a></div><br />
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<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span lang="PT" style="font-size: 14pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"><span style="font-family: Calibri;">É deprimente ler os jornais portugueses. Desemprego, crise, depressão, crime, cortes salariais e emigração são, com certeza, as expressões mais usadas. Mais grave se torna, quando não percebemos onde termina este buraco recessivo e em nome de quê se estão a impor tantos sacrifícios.<o:p></o:p></span></span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span lang="PT" style="font-size: 14pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"><span style="font-family: Calibri;">Valeria, pois, a pena enviar parte do governo português, qual viagem de estudo, à Coreia do Sul para compreender como aquele povo, com orientação do Estado mas sem castração da iniciativa privada, se reabilitou da gravíssima crise financeira de 1998 e, hoje, se apresenta como país-modelo com taxas de crescimento elevadas e desenvolvimento sustentado.<o:p></o:p></span></span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span lang="PT" style="font-size: 14pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"><span style="font-family: Calibri;">Samsung, LG, Hyundai e Daewoo são exemplos, entre outros, de marcas coreanas que se tornaram globais e casos de sucesso. Na origem está o suporte estratégico que receberam do poder público para se transformarem em empresas exportadoras e com elevado índice tecnológico. Ou seja, cedo os coreanos compreenderam que o crescimento sustentado não pode depender apenas do mercado interno e que o Estado, sobretudo na definição das políticas de acesso ao crédito e aos estímulos à exportação, pode dar uma ajuda inestimável.<o:p></o:p></span></span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span lang="PT" style="font-size: 14pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"><span style="font-family: Calibri;">Por outro lado, os coreanos foram motivados a associar-se. A criar grupos económicos fortes pela soma das partes. Ou seja, a globalização dos mercados exige níveis de competitividade muito elevados que apenas uma cooperação estratégica pode dar escala. Dito de outro modo, grandes grupos portugueses (na construção civil, distribuição alimentar, energia, etc etc) são “nano-entidades” à escala mundial, pelo que os agrupamentos de empresas, sobretudo voltados para estratégicos mercados externos, deveria há muito ter sido opção nacional.<o:p></o:p></span></span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span lang="PT" style="font-size: 14pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"><span style="font-family: Calibri;">Finalmente, e talvez o mais importante dos condimentos do sucesso coreano, o investimento público em educação. Hoje, o modelo educativo coreano contém inúmeras “boas práticas” mundiais, fomentando o conhecimento das ciências exatas e estimulando competências para a economia do conhecimento e para a sociedade da informação, afinal de contas aquilo que hoje faz mover o mundo. <o:p></o:p></span></span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span lang="PT" style="font-size: 14pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"><span style="font-family: Calibri;">Com a “estratégia do pastel de nata“ não chegaremos a lado nenhum. Mais vale ir a Seul aprender intensivamente como se faz.<o:p></o:p></span></span></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5583562960221773284.post-83549765069158930852012-02-16T22:39:00.000+00:002012-02-16T22:39:07.815+00:00DEMITA-SE SENHOR PRESIDENTE!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLNSNoYyLCzgJmck2Y28ASD6Nkyn-5t3GC0eyxgGjEg0TpMFxlOFXVntgK9NlEAPebgNzOgRJZIa_tdpsCVZUWwIOT1KAs-Cjz3GvVW61sQMupj4H_qnnJQX6JIGXJ9o4xqXJCiLZqdNEL/s1600/cavaco.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLNSNoYyLCzgJmck2Y28ASD6Nkyn-5t3GC0eyxgGjEg0TpMFxlOFXVntgK9NlEAPebgNzOgRJZIa_tdpsCVZUWwIOT1KAs-Cjz3GvVW61sQMupj4H_qnnJQX6JIGXJ9o4xqXJCiLZqdNEL/s1600/cavaco.jpg" /></a></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span lang="PT" style="font-size: 14pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;">Declaração de interesses: nunca votei em Cavaco Silva, quer para Primeiro-Ministro quer para Presidente, porém reconheço alguns méritos no seu primeiro mandato presidencial. Advertência feita, vamos ao que interessa.<o:p></o:p></span></span></div><span lang="PT" style="font-size: 14pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;">Os ilustres constitucionalistas Gomes Canotilho e Vital Moreira são autores de um livro célebre – “Os Poderes do Presidente da República” - que deveria estar presente na mesa de cabeceira de Cavaco Silva e ser relido quase diariamente. Sobretudo no contexto atual do país e da europa.<o:p></o:p></span></span><br />
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<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span lang="PT" style="font-size: 14pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;">Portugal vive hoje sem a sua maior figura de referência: o Presidente da República. Aquele que deveria exercer uma “magistratura de influência” (na definição de Mário Soares), ser o catalizador da unidade nacional e o garante da estabilidade necessária para mudar, simplesmente não existe! <o:p></o:p></span></span></div><span lang="PT" style="font-size: 14pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;">Cavaco perdeu a noção política das coisas. Alguém que, como ele, se permitiu comentar sobre os respetivos rendimentos num momento em que muitas centenas de milhares de portugueses não têm para sobreviver é um Presidente alheado da realidade coletiva.<o:p></o:p></span></span><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span lang="PT" style="font-size: 14pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;">Alguém que, como ele, ainda ontem, cancelou a ida a uma escola de Lisboa por receios de ouvir críticas estudantis é um Presidente autista e amedrontado com o pulsar social. O tal sentimento de angústia que ele deveria procurar compreender e ajudar a superar nos termos dos seus poderes constitucionais.<o:p></o:p></span></span></div><span lang="PT" style="font-size: 14pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;">Navegando pelas redes sociais percebe-se como Cavaco perdeu o país e como se transformou numa espécie de anedota nacional. Como republicano lamento sinceramente.<o:p></o:p></span></span><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span lang="PT" style="font-size: 14pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;">Ser Presidente implica ter coragem política, como outros no passado recente que dissolveram a Assembleia da República. Ser Presidente exige ter uma simbiose com o sentir popular, como outros que hoje não o sendo mais ainda a têm. Ser Presidente acarreta a responsabilidade, agora mais do que nunca, de estar na base das soluções e não ser mais um problema ou interpretado como um mero custo democrático. <o:p></o:p></span></span></div><span lang="PT" style="font-size: 14pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;">A coisa chegou a tal ponto que nem há mais espaço para dizer “deixem-no acabar o mandato com dignidade”, como fez Soares quando Cavaco era PM.<o:p></o:p></span></span><br />
<span lang="PT" style="font-size: 14pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;"></span></span><br />
<span lang="PT" style="font-size: 14pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;">Demita-se, pois, Senhor Presidente.<o:p></o:p></span></span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5583562960221773284.post-12114851571041723512012-02-09T21:08:00.001+00:002012-02-09T21:11:00.103+00:00ERA O QUE MAIS FALTAVA!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpJ3jx02xlYHd9ptt8gL_9rf18wM6nV1vld3rXa5oYudDR3FvcYfnfJxEJN0gfsRmO_bVq2zeZ-CZn5BTXOIpLIX6XQ9q-vUw4n7uIzmCXt6OCdM3MphKIUjBIWqiMi2rl9RqVHobjpdY8/s1600/calate.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpJ3jx02xlYHd9ptt8gL_9rf18wM6nV1vld3rXa5oYudDR3FvcYfnfJxEJN0gfsRmO_bVq2zeZ-CZn5BTXOIpLIX6XQ9q-vUw4n7uIzmCXt6OCdM3MphKIUjBIWqiMi2rl9RqVHobjpdY8/s1600/calate.jpg" /></a></div><br />
<span lang="PT" style="font-size: 14pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="color: #eeeeee;"><span style="background-color: black;">Portugal está mal? Está. Mas ainda não perdeu a face nem a dignidade. Somos uma das nações mais antigas do Mundo e, por isso, o respeito é devido.<o:p></o:p></span></span></span></span><br />
<span style="color: #eeeeee;"><br />
<span style="background-color: black;"></span></span><br />
<span lang="PT" style="font-size: 14pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="color: #eeeeee;"><span style="background-color: black;">O Presidente do Parlamento Europeu, o alemão Martin Schulz , criticou com desfaçatez o governo de Portugal por apelar ao investimento externo no nosso país, designadamente junto de angolanos. <o:p></o:p></span></span></span></span><br />
<span style="color: #eeeeee;"><br />
<span style="background-color: black;"></span></span><br />
<span lang="PT" style="font-size: 14pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="color: #eeeeee;"><span style="background-color: black;">O Senhor Schulz ou é burro ou anda distraído. Arriscaria dizer que talvez as duas! <o:p></o:p></span></span></span></span><br />
<span lang="PT" style="font-size: 14pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="background-color: black; color: #eeeeee; font-family: Calibri;"></span></span><br />
<span lang="PT" style="font-size: 14pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="color: #eeeeee;"><span style="background-color: black;">Desde quando um político alemão, seja ele de que partido for e tenha mais ou menos peso institucional na Europa, tem legitimidade para se pronunciar sobre as opções diplomáticas de Portugal? Desde quando se arroga no direito de condicionar ou comentar as possíveis parcerias económicas que o governo português deseje realizar? Ora esta!<o:p></o:p></span></span></span></span><br />
<span style="color: #eeeeee;"><br />
<span style="background-color: black;"></span></span><br />
<span lang="PT" style="font-size: 14pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="color: #eeeeee;"><span style="background-color: black;">Mais grave se torna, quando os espúrios argumentos assentam na demagogia mais profunda. Diz o Senhor Schulz que a entrada de capital angolano (ele deveria estar a pensar também no brasileiro, no chinês e em tudo o que não seja europeu) conduzirá ao “declínio de Portugal”. No declínio já nós estamos. E alguns dos (muitos) responsáveis têm assento em Bruxelas, onde o Senhor Schulz passa três dias por semana enlevado em mordomias mil.<o:p></o:p></span></span></span></span><br />
<span style="color: #eeeeee;"><br />
<span style="background-color: black;"></span></span><br />
<span lang="PT" style="font-size: 14pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="color: #eeeeee;"><span style="background-color: black;">Leia-se (com esforço para não sorrir) as deliciosas considerações do Senhor Schulz para criticar o apelo português a capitais estrangeiros: “porque não defendemos o nosso Estado de direito, e o modelo dos direitos do homem, e uma crescente capacidade económica, para desafiar, não só do ponto de vista económico, mas também de democracia política? [...] Se não tomarmos rapidamente esta decisão, a Europa tornar-se-á irrelevante”. Uma vez mais o dito Senhor é burro ou anda distraído.<o:p></o:p></span></span></span></span><br />
<span style="color: #eeeeee;"><span style="background-color: white; color: black;"></span><br />
<span style="background-color: black;"></span></span><br />
<span lang="PT" style="font-size: 14pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="color: #eeeeee;"><span style="background-color: black;">A Europa é cada vez mais irrelevante do ponto de vista económico. Resta-nos a importância do legado histórico e de alguma tradição social. No mais, foi na Europa que tiveram lugar genocídios perpetrados por conterrâneos do Senhor Schulz, já que veio agora falar de direitos humanos.<o:p></o:p></span></span></span></span><br />
<span style="color: #eeeeee;"><br />
<span style="background-color: black;"></span></span><br />
<span lang="PT" style="font-size: 14pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="color: #eeeeee;"><span style="background-color: black;">Enfim, Portugal só tem uma saída para a crise: internacionalizar o mais possível a sua economia e isso passa por colocar os produtos e empresas portuguesas nos mercados em expansão (que não é o caso europeu) e atrair capital estrangeiro para gerar emprego, o tal que também não vem da Europa. Por tudo isto, o Senhor Schulz perdeu uma boa oportunidade para estar calado.<o:p></o:p></span></span></span></span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5583562960221773284.post-79955543411044081102012-02-02T13:43:00.000+00:002012-02-02T13:43:32.827+00:00SEM VERGONHA!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNLzZswr_d9RYeCjFL8J3r9WnoEEfh_DqsHIOwatQ2do1NrqJ9NB_JTbj_CW4wRC2kxOb2Fn9ATp4tovzYoumwy8msm3j_qYcWBsPvy1pzdVwZ87PdpQuhlyJukqmcx0TrM0RkYZDSngX-/s1600/calados.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNLzZswr_d9RYeCjFL8J3r9WnoEEfh_DqsHIOwatQ2do1NrqJ9NB_JTbj_CW4wRC2kxOb2Fn9ATp4tovzYoumwy8msm3j_qYcWBsPvy1pzdVwZ87PdpQuhlyJukqmcx0TrM0RkYZDSngX-/s1600/calados.png" /></a></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span lang="PT" style="font-size: 14pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"><span style="font-family: Calibri;">Em Espanha, o governo de direita recentemente eleito acaba de anunciar que vai rever a Lei da Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG), num injustificado retrocesso civilizacional. Aqui, o governo português, também de direita, já anunciou que pretende muito provavelmente fazer o mesmo. As más práticas replicam-se...<o:p></o:p></span></span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span lang="PT" style="font-size: 14pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"><span style="font-family: Calibri;">Num caso como noutro estamos perante embustes do tamanho do défice! Na verdade – e a direita é exímia nisso – os governantes de um e de outro lado da fronteira estão-se borrifando para a saúde pública, para os direitos das mulheres e para o combate ao aborto clandestino. Este tipo de decisão, num caso, e anúncio noutro, corresponde a uma manobra antiga de diversão, isto é, criar um fato paralelo que distraia as mentes face ao essencial.<o:p></o:p></span></span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span lang="PT" style="font-size: 14pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"><span style="font-family: Calibri;">Portugal, como Espanha, vivem hoje os momentos sociais e económicos mais difíceis desde a implantação das respetivas democracias. O desemprego atinge as mais altas taxas de sempre, o poder de compra nunca foi tão escasso, as empresas definham sem mercado, a banca está comprometida sem igual, etc etc. Ora, e perante este cenário pré-catástrofe os governos de direita eis que tiram da cartola a necessidade de rever a Lei da IVG, pois isso sim impacta no quotidiano das pessoas e vai, com certeza, mudar o rumo das coisas...<o:p></o:p></span></span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span lang="PT" style="font-size: 14pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"><span style="font-family: Calibri;">Lamentável! Vergonhoso! A direita sabe que o tema do aborto mobiliza consciências, divide, agita opiniões e tem espaço mediático, por isso o “show off” premeditado. Enquanto o “zé” estiver ocupado no café a discutir sim ou não ao aborto, enquanto nas missas se fizem sermões sobre o tema, enquanto as televisões alimentarem debates fraturantes, o governo descansa...tem mais tempo para pensar como (não) enfrentar a crise!<o:p></o:p></span></span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span lang="PT" style="font-size: 14pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"><span style="font-family: Calibri;">Como se não bastasse, ouvindo os responsáveis da direita, em Portugal e em Espanha, usam o mesmo argumento: foi uma promessa eleitoral e por isso está legitimada. Legitimada? Uma porra! Na verdade, também prometeram não aumentar impostos e conter o desemprego e nenhuma das duas está a ser realizada. A legitimidade democrática é outra coisa, bem mais séria e responsável!<o:p></o:p></span></span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span lang="PT" style="font-size: 14pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"><span style="font-family: Calibri;">Para já, perguntem às milhares de mulheres portuguesas, a maioria de baixa condição económica, que deixaram de abortar (e de correr risco de vida) em abortadeiras de vão de escada qual a respetiva opinião. Isso sim, conta e legitima! <o:p></o:p></span></span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><br />
</div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5583562960221773284.post-30789882190072357412012-01-20T16:14:00.000+00:002012-01-20T16:14:27.073+00:00SOPA INDIGESTA<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOMXH57xLHrTdPByyi5hFMERYiPcaitYlxe7KGf_sF145sUziQWIAi247tgqb-z40rrt5yic2jZwVPGOJui1F1R6kCD0kbEV55BUB2NDpehhUlMIdrEJj7ZayLYRzjDOaGpRIJGYXcyxhm/s1600/stop+sopa.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOMXH57xLHrTdPByyi5hFMERYiPcaitYlxe7KGf_sF145sUziQWIAi247tgqb-z40rrt5yic2jZwVPGOJui1F1R6kCD0kbEV55BUB2NDpehhUlMIdrEJj7ZayLYRzjDOaGpRIJGYXcyxhm/s1600/stop+sopa.jpg" /></a></div><br />
Na próxima semana o congresso norte-americano debate a SOPA, um projeto normativo (supostamente) anti-pirataria que a ser aprovado representaria um ataque sem paralelo à internet como a conhecemos: a maior auto-estrada tecnológica de comunicação e informação de sempre.<br />
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Nunca se viu um ataque global tão massivo. Mutatis mutandis seria como uma guerra nuclear de escala mundial. Como muita da base da internet está, ainda, sediada nos EUA os efeitos da aplicação da legislação americana impactaria em todo o Mundo, não deixando liberdade para usuários, empresas e estados poderem contra-reagir.<br />
<br />
Basicamente, a motivação da SOPA assenta num esforço de pressão das indústrias cinematográfica e musical americanas para que não possa haver qualquer tipo de reprodução na net das obras musicais e dos filmes sem autorização de autores e editoras e o pagamento dos respetivos direitos. <br />
<br />
Caso tal aconteça, a proposta em apreço manda extinguir e encerrar administrativamente os sites que publiquem ou veiculem tais imagens e sons, sem qualquer intervenção judicial ou possibilidade de defesa.<br />
<br />
Isto seria o fim de milhões de blogues, de milhões e milhões de resultados que os motores de busca passariam a ter de omitir, muito provavelmente o fim do Youtube, do Facebook e de muitas outras redes sociais tais como as conhecemos hoje em dia. Um descalabro, portanto.<br />
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A internet há muito que deixou de ser uma coisa de “geeks” e de “nerds”. É a plataforma comunicacional e de relacionamento dos tempos modernos. De tal modo que em muitos países se discute a inserção do direito de acesso à net nas próprias constituições como algo tão fundamental como a educação, a saúde, água e a luz. <br />
<br />
A internet é, hoje, uma fonte de inovação permanente, um espaço de comunicação global, uma plataforma comercial e económica gigantesca, que ainda está muito subaproveitada para ajudar a tornar o mundo num espaço melhor.<br />
<br />
Alguns congressistas americanos querem agora travar o processo de evolução humana, porque é disso mesmo que se trata. Eu, pessoalmente, não concebo um mundo sem internet livre e democrática. Obviamente, deve existir regulação para evitar excessos, todavia essa deve resultar de processos globais de debate, participados e garantindo sempre o direito de defesa.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5583562960221773284.post-57065829964039786932012-01-20T16:08:00.001+00:002012-01-20T16:09:10.564+00:00MUITO MAIS QUE 90 MINUTOS!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiaHB2I_QrG9Xy42zAde96YXzZaapkLKKg9Fm2jOYlgt3Xn3TT4UrHsrGDs8pXsIYcxCEoQ7TeSV1R9exWjNT_XJKXDyDaYFYbfdDhOQY0dk7Ffko_7dvbQrb4vASBhvJaM3UUh2kFRUdzz/s1600/aac.jpg" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="268" width="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiaHB2I_QrG9Xy42zAde96YXzZaapkLKKg9Fm2jOYlgt3Xn3TT4UrHsrGDs8pXsIYcxCEoQ7TeSV1R9exWjNT_XJKXDyDaYFYbfdDhOQY0dk7Ffko_7dvbQrb4vASBhvJaM3UUh2kFRUdzz/s400/aac.jpg" /></a></div><br />
Nos últimos dias, apesar da enorme distância física, temos sentido uma energia mobilizadora em torno de Coimbra. A Briosa tem sido o catalizador e denominador comum.<br />
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No momento em que o presente texto está a ser escrito, estamos a 10 horas da partida mais importante das últimas décadas em Coimbra. Quando vir a luz do dia no jornal saber-se-á já o resultado final, que sendo obviamente o mais relevante não altera todavia o espírito deste registo. <br />
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Os noventa minutos de hoje não serão apenas uma hora e meia de tempo. Não será apenas um mero jogo de futebol. Não são só 11 jogadores contra 11. Não! É um jogo pela história e para a história. É um desafio de afirmação identitária. Uma cidade-região que entra em jogo. <br />
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A crise atual dá uma especial envolvência a este jogo. É uma questão de honra e de auto-estima. Coimbra, muito por culpa própria e alheia, tem somado derrotas nas décadas mais recentes. Nas diversas “quatro linhas” da vida...Tem perdido relevância nacional. Tem deixado que assim seja, por isso precisa desesperadamente de um ânimo e de um tónico para a Alma. <br />
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Hoje, está em causa não apenas (como se fosse pouco!) a possibilidade de chegar novamente à final da Taça de Portugal, passados 43 anos, mas a oportunidade para unir a cidade-região em torno de um ícone comum e de demonstrar ao Mundo o potencial local.<br />
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Coimbra precisa de galvanizar-se. Precisa de se encontrar. Precisa de descobrir um desígnio. Ora, perante a crise de lideranças locais, apenas a Académica tem a capacidade, o peso histórico e a força mobilizadora para ajudar a dar o primeiro passo. Agora! <br />
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Há uma frase que tem hoje mais significado que nunca: “o futebol não é uma questão de vida ou de morte. É muito mais importante que isso...”Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5583562960221773284.post-78765094330291148082011-12-30T10:37:00.000+00:002011-12-30T10:37:14.401+00:00ARRISCAR PRECISA-SE!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSyLCzFFRiG5AcLqHKTSD7sHOlVV2KPgxn9eUi97Yo0OK2egaTn6f9n3AQY7udqy6RK_bryEJmc5ZWdoWJDHav4ufJThatDjJpcOVuDaYOLnYkeugVfHwEPleJMGllXDcQ0xNefe6UGqLB/s1600/risco.jpg" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="226" width="223" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSyLCzFFRiG5AcLqHKTSD7sHOlVV2KPgxn9eUi97Yo0OK2egaTn6f9n3AQY7udqy6RK_bryEJmc5ZWdoWJDHav4ufJThatDjJpcOVuDaYOLnYkeugVfHwEPleJMGllXDcQ0xNefe6UGqLB/s400/risco.jpg" /></a></div><br />
Por estes dias, li num site brasileiro de empreendedorismo a história de uma jovem paulista de 23 anos, com um currículo impressionante, que formada na melhor escola do Mundo de tecnologia – o Massachusetts Institute of Technology– depois de trabalhar no Google e na Microsoft decidira sair para montar o seu próprio negócio.<br />
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O que faz alguém tão jovem dispensar a notoriedade e a estrutura dos gigantes tecnológicos Google e Microsoft para se lançar por si no mercado? As respostas para esta questão ajudam a compreender em parte o mundo atual e, sobretudo, a meu ver, podem auxiliar na saída para a crise de um país como Portugal.<br />
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O Mundo global da Internet não tem fronteiras, é sabido. Mais, hoje há soluções tecnológicas que a baixos custos permitem começar um negócio rapidamente e vender para os quatros cantos do mundo. Ideia impensável há uns anos. Afinal, o mais importante é a ideia e o modelo de negócio.<br />
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A Isabel Mattos, a tal jovem brasileira, pensou num aplicativo gratuito (sublinhe-se) que ajuda a gerir as finanças pessoais. É uma espécie de folha de cálculo organizada e disponível de forma simples em todo o lado, do telemóvel ao computador. No primeiro mês teve 400.000 “downloads” e neste momento já emprega 18 pessoas. Impressionante!<br />
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São inúmeras as histórias que diariamente se conhecem deste tipo, sobretudo nos Estados Unidos, mas um pouco também nos países emergentes. Ou seja, há um espírito empreendedor em marcha, um gosto pelo risco que é premiado e não recriminado, um papel estimulante da universidade e o prazer da auto-regulação individual.<br />
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A transposiçao para Portugal é óbvia: temos de ter uma ideia de país, um desígnio nacional e, depois, um modelo de desenvolvimento/governação. Neste momento faltam-nos os dois. Honra seja feita ao governo de Sócrates que tinha, pelo menos, o primeiro: um país de tecnologia e de energias renováveis para o Mundo. <br />
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Portugal tem um potencial humano imenso, uma posição geográfica privilegiada, uma relação histórica ímpar com o Mundo e vários casos de sucesso que comprovam que vale a pena arriscar. Há por aqui muita “Isabel Mattos” em potência!<br />
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Que o novo ano nos traga mais estímulo e boa energia!Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5583562960221773284.post-9702702754221316602011-12-23T13:59:00.000+00:002011-12-23T13:59:51.243+00:00COISAS DA DEMOCRACIA...<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiOnp2RSGxQu03_uedUdhh6d-loCZwLHcJx8-PMsF1M_JpZWWnybm-BAgLIoELcZPxxZrxurQBj8rRN40JB1KGDDZg1H6JSZ_WobQDAX9gCGuUSKdfTiqbla-A_70EBy0vk8ykjs9C7GAdD/s1600/democracia.jpg" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="181" width="278" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiOnp2RSGxQu03_uedUdhh6d-loCZwLHcJx8-PMsF1M_JpZWWnybm-BAgLIoELcZPxxZrxurQBj8rRN40JB1KGDDZg1H6JSZ_WobQDAX9gCGuUSKdfTiqbla-A_70EBy0vk8ykjs9C7GAdD/s400/democracia.jpg" /></a></div><br />
1.O “Economist Intelligence Unit” elabora anualmente um “Índice da Democracia”. Portugal – assim como outros países europeus, entre os quais a França, a Itália e a Grécia – desceu no ranking, sendo que foram apontadas diversas falhas ao nosso sistema democrático. Portugal não é mais uma “democracia plena” (na expressão daquela entidade), mas apenas uma “democracia com falhas”.<br />
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Os critérios de avaliação abordam o processo eleitoral e pluralismo, o funcionamento do Governo, a participação política, a cultura política e as liberdades cívicas. Os piores resultados são nas categorias de funcionamento do governo e de participação política.<br />
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É uma má notícia para o governo. É sabido que, em Portugal, a administração pública e os ministérios podem melhorar a perfomance, assim como serem criados novos e melhores programas para a participação cívica e política dos cidadãos. Desde logo a revisão da lei eleitoral e a reforma no funcionamento dos partidos.<br />
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Agora, é interessante reter o seguinte: com a crise a soberania nacional diluiu-se muito, ou seja, percebemos que depende muito pouco de cada país resolver os seus próprios problemas; porém – piorando a coisa – observámos ainda que não existe uma entidade europeia que congregue esforços para uma superação comum dos efeitos da atual crise. <br />
<br />
Há, hoje, uma sensação de perda e de insegurança. A dita identidade europeia é um conceito mais vago e as resoluões que impõem taxas de juro, cortes salariais e medidas de austeridade resultam de fatores intangíveis, obscuros e nada legitimados democraticamente. <br />
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2.O Partido Comunista Português votou contra um voto de pesar pela morte do ex-Presidente Checo, Vaclav Havel. Inacreditável! Ficaram isolados na homenagem a um político que combateu pela democracia checa, que foi por isso reconhecido e eleito Presidente da República e, além disso, um grande escritor e dramaturgo. <br />
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De uma penada, o PCP deixou cair a máscara e revelar uma vez mais que vive fora do tempo e que a democracia tem por aquelas bandas signficados distintos em função dos contextos...Talvez por isso mesmo tenham lamentado publicamente a morte do assassino e ditador coreano, Kim Jong Il, como é sabido um paladino das virtudes democráticas!..Unknownnoreply@blogger.com0