"Se um homem não sabe a que porto se dirige, nenhum vento lhe será favorável" (Séneca)
terça-feira, 25 de maio de 2010
DEMOCRACIA DIGITAL XLIX
Hoje, cruzei-me com esta frase: “Se crês que a excelência é cara, espera pela factura da mediocridade”. Pensei de imediato no estado em que nos encontramos enquanto país. Não importa olhar mais pelo retrovisor e buscar a causa das coisas, menos ainda os responsáveis. A hora é de levantar a cabeça e olhar em frente.
A palavra de ordem é poupar e reduzir custos. Pois bem de que modo podem as novas tecnologias ajudar nesse desiderato? Muito! Sem dúvida, imenso.
Quando decisores públicos - e empresários - precisam de obter resultados tangíveis e valor acrescentado por cada euro investido a tecnologia pode ser determinante.
Desde logo, é imprescindível uma reorganização da infra-estrutura tcenológica do Estado. Faz sentido cada departamento ministerial ter o seu próprio “data center”? Não. É ajustado alimentar uma dispersão geográfica de recursos tecnológicos cuja redundância não é racional nem eficaz? Não. É adequado pensar-se que em cada ministério se fazem opções por modelos tecnológicos que as mais das vezes não falam entre si? Não.
Ora este cenário traz consigo um desperdício consubstanciado em despesas com servidores, storage e rede redundante; além de ineficiente utilização de espaço, potência e recursos de TI.
Este é o tempo ideal para mudar. As crises geram oportunidades. O governo português, à
semelhança de tantos outros no Mundo, deveria concentrar os respectivos dados e informação no número mínimo de “data centers” e, assim, criar a sua própria Government Private Cloud. Este seria o primeiro (grande) passo imprescindível para a redução de custos e aumento da eficiência tecnológica do Estado, salvaguardando a confiencialidade, a soberania e a independência dos dados e aplicações.
PUBLICADO NO JORNAL OJE
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