Em tempo de crise, as empresas, assim como as pessoas em geral, procuram soluções que reduzam ao máximo os custos. As novas tecnologias oferecem um sortido de diferentes opções adequadas a esse fim. Esta é apenas uma perspectiva: a economicista. Existe, também, a outra: a estratégica, ou seja, de que modo as TIC alargam mercados e abrem oportunidades de negócio.
Em ambiente de trabalho internacional é comum que as reuniões decorram com os participantes em diferentes geografias, cada um sentado na respectiva secretária, economizando o tempo das deslocações, os gastos em viagens e hotéis, contribuindo ainda para a “pegada ecológica”.
O “Messenger”, o “Skype” e o “Communicator” são algumas das ferramentas mais em voga, não apenas para as comunicações internas, mas sobretudo nos contactos com elementos externos às empresas e, até, em entrevistas de trabalho. À transmissão de voz associa-se a imagem por via de uma simples webcam. Imagine-se o potencial: menos tempo dispendido, mais interlocutores no “loop”, maior flexibilidade no planeamento das tarefas, em suma, economias de custos.
Significa isto que os modelos clássicos de organização do trabalho estão em mutação. Os espaços físicos das empresas estão a mudar, as distâncias geográficas podem não representar custos acrescidos, o recrutamento global de talentos é uma oportunidade e a conquista de novos mercados uma atracção natural.
Agora, imagine-se esta realidade aplicada aos governos e aos municípios. Quanto se não poderá poupar ao erário público em tempo, ajudas de custo, quebras de produtividade, etc? Em Portugal, é chegado o momento de dar um novo impulso ao plano tecnológico (eixo político virtuoso) e uma das formas é apostar nos sistemas de informação como mecanismos de modernização do estado que permitam também uma redução de custos.
Publicado no Jornal OJE
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