Na verdade, já aqui defendemos que existe um nexo causal entre mais produtividade e liberdade de navegação na net, designadamente participando de forma activa em fóruns sociais. Aliás, pôr termo a esta tendência natural seria amputar uma característica intrínseca às novas gerações digitais.
Pois bem, a australiana Universidade de Melbourne veio, também, confirmar esta posição, num estudo que desenvolveu o conceito de “workplace internet leisure browsing” (WILB). Daqui resultou que se investirmos 20% do nosso tempo no trabalho em navegação na internet – com propósitos alheios ao ambiente profissional – aumentaremos a nossa produtividade em, pelo menos, 9%. Assim sendo, aquilo que seria aparência de perda de tempo é, afinal de contas, um ganho.
Garantidamente qualquer especialista em RRHH ou psicologia das organizações poderá comprovar que o relaxamento por breves instantes e a possibilidade de desfocarmos da tarefa profissional habitual, permite uma recuperação posterior da atenção e da energia que traz consigo ganhos de produtividade indubitáveis. Pois esta é a conclusão do dito estudo sobre o ” WILB”.
Este sinal deve ser absorvido pelos responsáveis das empresas portuguesas onde começa a sentir-se uma tentação para investir no controlo da actividade cibernética dos colaboradores ou, mesmo, no vedar do acesso às redes sociais, que não são apenas (e sobretudo) uma das janelas voltados para o mundo que nos rodeia e onde convém buscarmos inspiração para melhorarmos a performance laboral quotidiana. A cave está no bom senso, de parte a parte, e não na repressão ou no controlo sectário.
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