Os partidos políticos têm feito mal a Coimbra. Sim, muito mal! Afinal de contas têm escolhido internamente soluções que não correspondem as mais das vezes ao que a cidade e região precisam. Vejam-se as últimas cabeças de lista ao parlamento!.. Onde andam? O que fizeram?..
Se fosse possível – é o legalmente, mas não o é de facto! – os futuros protagonistas da cidade e região deveriam emergir de um conselho de homens e mulheres boas, com ou sem filiação partidária, sobretudo com percursos cívicos e profissionais sólidos que permitiriam inspirar as tarefas políticas a abraçar.
Há dias, em conversa de amigos dos mais diversos quadrantes partidários, da esquerda à direita, na faixa etária dos 30 aos 40 anos, conseguimos nomear uns 20 nomes que comporiam uma lista de excelência para tomar em mãos os destinos da cidade. O desafio deu gozo. As diferenças tamanhas articulavam-se numa sintonia quase perfeita. Os perfis profissionais complementavam-se. Uns nomes mais conhecidos outros nem por isso. A energia e imaginação eram os denominadores comuns. Já quase havia slogan e sede de campanha. Podia ser qualquer coisa semelhante ao grito de guerra da Mancha Negra: “Briosa se jogasses no céu, morreríamos para te ver jogar!”. Enfim, o amor a Coimbra é tamanho!..
Mas passados uns quantos minutos o exercício esgotou-se na nua e crua realidade: os partidos ainda têm o monopólio da escolha, mesmo que seja um desastre, e a sociedade ainda não está preparada para ir além disso.
Infelizmente, tudo se reconduz a dinheiro: seria preciso muito dinheiro para moldar as mentalidades e fazer emergir um projecto novo. Não contra os partidos, mas supra-partidário, isto é, com a melhor das gentes dos diversos partidos e com aqueles que nunca entraram numa sede partidária.
No meio de tanta incerteza uma coisa é certa: para Coimbra não seria desejável um perfil como o do actual Presidente da Câmara. Carlos Encarnação está esgotado, não tem energia nem imaginação. Pior, está contrariado na função. Este desânimo tem ficado bem patente neste segundo mandato: sem chama, sem obra, sem força política nacional e, pior de tudo, sem um desígnio de esperança para o futuro.
Mas para se ser justo deve dizer-se, também, que o que se tem estado a passar em Coimbra, com a escolha do candidato do Partido Socialista, ficará para a história da nossa vida democrática como um desastroso exemplo. Coimbra merecia muito mais. Tem sido um espectáculo deplorável. No final que tenham – pelo menos – a dignidade de se ir embora! Todos!
Logo, a conclusão que deve tirar-se é que, nesta fase e com o cenário de constrangimentos diversos, já só deveremos tentar encontrar o perfil possível, que não será necessariamente o melhor!
Excelnte texto.
ResponderEliminarJá está uma citação no meu blogue.
Abraço.
MM
http://apaginadomario.blogspot.com/
Compreendo, mas não concordo com a vontade de frentes elitistas supra-partidárias. O que precisamos é de tr os melhores em todos os partidos e, depois das eleições, cada um assumir a sua responsabilidade: poder e oposição. Precisamos de dar oportunidade a esta geração ,tapada pela malta dos anos 70... caminhamos para a talianização do sistema político.
ResponderEliminar20? isso é a super abundância!
ResponderEliminarConcordo com o texto. PARABÉNS. Concordo totalmente e revejo-me no texto.
ResponderEliminarQuanto a André Pereira aqui comentador, diria que o senhor estará provavelmente farto da "malta" (como lhe chamou) dos anos 40 e 50. Julgo que terá sido uma gralha pois a "malta" dos anos 70 tem aos dias de hoje tritas e muitos ou seja é a idade ideal para contribuir. Tem experiência, força e juventude suficiente para fazer diferente.
A "malta" dos anos 70 infelizmente nunca chegou a ser poder pois foi tapada pela "malta" dos anos 40 e 50.
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Excelente texto, que pode e deve fazer o seu caminho.
ResponderEliminarTenho a certeza que talentos como Pina Prata, Ricardo Castanheira, Nuno Freitas , mas há mais talentos ... incluindo necessariamente algumas mulheres de armas, não necessitariam de mais de dois mandatos para mudar completamente a face a nossa cidade.
Não se trata aqui de ser contra partidos,trata-se que neste MOMENTO HISTÓRICO, Coimbra ,necessita de uma plataforma de talentos mais do que qualquer estrutura partidocrática arregimentadora.
É preciso ser Criativo, também em Política, e embora seja difícil juntar certos talentos para fazer uma NOVA COIMBRA é preciso tentar, tentar, tentar.
http://senalusa.blogspot.com