sexta-feira, 15 de maio de 2009

DEMOCRACIA DIGITAL XV

Na mesma semana em que ficámos a saber que o Partido Socialista contratou a empresa que definiu a estratégia multimédia para Barack Obama, designadamente a presença do mesmo na internet e nas redes sociais, fazendo dele um fenómeno; a Microsoft apresentou publicamente um estudo sobre os hábitos dos internautas em que vale a pena atentar.

Desta análise comportamental convirá destacar alguns números impressionantes relativamente aos internautas portugueses : três em cada quatro (76%) estão sempre ligados à internet e um quinto (19%) passa mais de 5 horas diárias online, quando – para se ter ideia da diferença - 1 em cada 4 utilizadores da Internet na Europa passa entre 7 e 15 horas online por semana. Acresce, que 14% dos internautas portugueses se liga à Web mais do que duas vezes por dia e 22% passa 1 a 2 horas durante uma sessão normal na net; 37% dos utilizadores visita mais de 10 sites durante uma sessão normal e um quarto dos inquiridos acede entre 5 a 6 sites.

Este estudo confirma apenas aquilo que para muitos de nós é uma evidência: a internet revolucionou hábitos sociais, modelos económicos e comportamentos políticos.

Se acrescentarmos, ainda, o facto dos portugueses serem, por entre os europeus, os que mais se comunicam por mensagens instantâneas (23%), assim como se prevê que em Junho de 2010 o tempo dispendido na internet suplante o de TV, implicando uma radical mudança nos hábitos de consumo, com a particularidade de que o tempo passado na Internet através de um PC será reduzido de 95% (actualmente) para 50% nos próximos 5 anos, graças à proliferação do acesso à rede através de dispositivos alternativos ao computador, designadamente os telemóveis e consolas. Impressionante!

Portugal, que durante muitos anos viveu isolado, é hoje um dos países do mundo com maior taxa de penetração das novas tecnologias, seja quotidiano individual, empresarial ou na organização do Estado (e-gov).

Por esse planeta fora o Magalhães (com todos os seus defeitos) é considerado um caso de estudo e são muitos os governantes que desejam replicar esta boa prática, cujos efeitos na educação e nas competências digitais das futuras gerações serão visíveis apenas a médio prazo.

O futuro, pelo menos nesta área, apresenta-se animador, assim saibamos aproveitar as oportunidades!

Publicado no Jornal OJE

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