Enquanto governos e municípios tendem a criar novos pontos gratuitos de acesso à internet – pensemos nos “hot spots” em jardins, praças, repartições públicas, … - promovendo assim a utilização de novas tecnologias e a partilha máxima de informação, fazendo do acesso um direito e até um serviço público; ao invés, o sector hoteleiro contraria a tendência cobrando por vezes valores pornográficos por algo que considera “um luxo”.
Naturalmente, a opção dos gestores hoteleiros é legítima – apesar de duvidosa rentabilidade - porém fará pouco sentido nos dias que correm. Viajantes frequentes e jovens fazem cada vez mais as respectivas escolhas em função da oferta do serviço de acesso à net, pelo que fazer disto um privilégio é contrariar não só um movimento natural como afastar fluxos de potenciais clientes. No meu caso, faço disto um factor de selecção!
De igual modo, nunca percebi o racional de cobrar montantes exorbitantes por minuto na telefonia fixa, quando hoje toda a gente tem telemóvel e os operadores até oferecem as chamadas em alguns períodos do dia. Não fora a necessidade de contactar a recepção…
Convenhamos, num país que tem no turismo um dos seus sectores mais estratégicos e com maior potencial de crescimento por mais programas tipo “Allgarve” que se façam é nos pequenos detalhes que se marca a diferença. A percepção do cliente e a qualidade do serviço prestado podem ajudar a crescer ou…a desaparecer. E a internet pode ser determinante!
Publicado no Jornal OJE
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