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terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

O ENSINO DO FUTURO


Há semanas assisti a dois filmes dignos de registo: “A Onda” e “A Turma”. Distintos na origem, nos meios, nos planos, na produção, porém com o papel do professor como pano de fundo comum.

Aconselho vivamente, quer um quer outro, porquanto nos despertam para a reflexão necessária e oportuna sobre o modelo escolar nos dias de hoje, o papel dos professores e dos alunos.

Vem isto a propósito de uma intervenção na Conferência de abertura do Ano Europeu da Inovação e da Criatividade a que – via webcast – assisti esta tarde. Uma professora (Directora da Escola Secundária Rafael Bordalo Pinheiro) fez uma exposição interessantíssima sobre o novo paradigma pedagógico. Sobre o despertar de consciências; aliás, na esteira da intervenção matinal de Don Tapscott, que já aqui relatámos.

De facto, e isso sente-se, designadamente na resistência de alguns professores à implementação do “Magalhães”, com o novo mundo das tecnologias da informação há estudantes (crianças mesmo) que estão mais preparados que os professores. Estão adaptados à mudança, mais expostos à informação e predispostos para a inovação. Não temem as TIC sejam elas quais forem.

“Não basta colar na cabeça do aluno o que já é conhecido”, apontou a professora. O professor tem de motivar a descoberta, a pesquisa, novos atributos de comunicação, motivar a liberdade de criação. Esse é o caminho.

Os alunos devem aprender a questionar. Filósofos clássicos já o demonstravam como meio privilegiado de acesso ao saber. Acrescentou a professora que “aprender deve ser um prazer e uma alegria”.

Deve, enfim, haver um reconhecimento e a promoção da diversidade. Afinal de contas, é enriquecedora. Não deve ser encarada como um problema apenas, mas como uma oportunidade.
O papel do professor, apesar das novas tecnologias, é insubstituível. Ainda bem, digo eu! O professor é chave a identificar interesses, a reconhecer competências a promover o questionamento. Terá para tanto de se adaptar aos novos modelos de aprendizagem. E, isso dá trabalho!..

Deixo o registo pessoal final da dita Directora: “nós professores podemos se quisermos promover a criatividade dos nossos alunos”. Eu também acho.