sexta-feira, 15 de junho de 2012

A ACADÉMICA E A REGIÃO CENTRO



O estimulante desafio lançado por este jornal traz-me à memória uma expressão célebre do ex-Presidente americano John Kennedy: “Não pergunte o que o seu país pode fazer por você. Pergunte o que você pode fazer pelo seu país”, porquanto acho, salvo melhor opinião, que a pergunta não é o que a região quer da Académica, mas ao invés o que a Briosa quer da região.

Apesar de tudo, cabe aqui uma resalva: a Briosa tem dimensão nacional. Muito mais que regional portanto. Aliás a única instituição (para além de Benfica, Porto e Sporting) com esse cariz.

Ainda assim, a Académica é atualmente a principal e mais reputada instituição desportiva do centro de Portugal. Tem o melhor palmarés, o maior número de sócios e a maior notoriedade. Só por si são ingredientes mais do que suficientes para podermos ambicionar mais.

A Académica tem que ter, desde logo, uma estratégia de abordagem económica e social da região. Será que a tem?.. Na verdade, a formação nas camadas jovens poderia, e deveria no meu entender, ser um ótimo ponto de partida, pois trazer para Coimbra os potenciais craques dos distritos limítrofes é um laço objetivo e afetivo com a região. A Académica passaria a ser reconhecida como a “escola desportiva e de vida” de muitas crianças e adolescentes de Aveiro a Castelo Branco e de Viseu a Leiria.

Por outro lado, a multiplicação e disseminação das “Casas da Académica” pela região transformando-as nos principais pontos focais relevantes para atrair novos associados, novos patrocinadores e potenciais atletas.

Existe ainda a necessidade óbvia de uma estratégia de relacionamento institucional amigável e continuado da Académica com os munícipios da região, podendo a imagem da Briosa – agora internacional por via da Liga Europa – servir para promover não apenas a cidade do Mondego mas muitas das atrações e pontos de interesse dos distritos da região.

Concluindo, esperar que a região – dos cidadãos anónimos aos seus principais líderes – venham ter de mote próprio com a Briosa é uma ingenuidade ou atavismo, por isso mesmo cabe-nos a todos os academistas e, em especial, à direção da Académica traçar um rumo claro. Acima ficam algumas ideias. O contexto atual é o ideal por força da dinâmica gerada pela vitória na Taça de Portuga e a futura presença na Liga Europa.




1 comentário:

  1. Também penso tudo isto há muitos anos, e fazer?
    Sim, executar é o mais difícil. É necessário sagacidade, visão, estratégia, dinamismo.
    Em Coimbra fala-se muito, escreve-se muito, mas depois...
    Ainda um dia sonho ser vice-presidente da Briosa, Com o Senhor Dr. Ricardo como presidente, era uma excelente aposta.

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