O estimulante desafio lançado
por este jornal traz-me à memória uma expressão célebre do ex-Presidente
americano John Kennedy: “Não
pergunte o que o seu país pode fazer por você. Pergunte o que você pode fazer pelo seu país”, porquanto acho, salvo
melhor opinião, que a pergunta não é o que a região quer da Académica, mas ao
invés o que a Briosa quer da região.
Apesar de tudo, cabe aqui uma resalva: a Briosa tem dimensão
nacional. Muito mais que regional portanto. Aliás a única instituição (para
além de Benfica, Porto e Sporting) com esse cariz.
Ainda assim, a Académica é atualmente a principal e mais
reputada instituição desportiva do centro de Portugal. Tem o melhor palmarés, o
maior número de sócios e a maior notoriedade. Só por si são ingredientes mais
do que suficientes para podermos ambicionar mais.
A Académica tem que ter, desde logo, uma estratégia de abordagem
económica e social da região. Será que a tem?.. Na verdade, a formação nas
camadas jovens poderia, e deveria no meu entender, ser um ótimo ponto de
partida, pois trazer para Coimbra os potenciais craques dos distritos
limítrofes é um laço objetivo e afetivo com a região. A Académica passaria a
ser reconhecida como a “escola desportiva e de vida” de muitas crianças e adolescentes
de Aveiro a Castelo Branco e de Viseu a Leiria.
Por outro lado, a multiplicação e disseminação das “Casas da
Académica” pela região transformando-as nos principais pontos focais relevantes
para atrair novos associados, novos patrocinadores e potenciais atletas.
Existe ainda a necessidade óbvia de uma estratégia de
relacionamento institucional amigável e continuado da Académica com os
munícipios da região, podendo a imagem da Briosa – agora internacional por via
da Liga Europa – servir para promover não apenas a cidade do Mondego mas muitas
das atrações e pontos de interesse dos distritos da região.
Concluindo, esperar que a região – dos cidadãos anónimos aos
seus principais líderes – venham ter de mote próprio com a Briosa é uma
ingenuidade ou atavismo, por isso mesmo cabe-nos a todos os academistas e, em
especial, à direção da Académica traçar um rumo claro. Acima ficam algumas
ideias. O contexto atual é o ideal por força da dinâmica gerada pela vitória na
Taça de Portuga e a futura presença na Liga Europa.
Também penso tudo isto há muitos anos, e fazer?
ResponderEliminarSim, executar é o mais difícil. É necessário sagacidade, visão, estratégia, dinamismo.
Em Coimbra fala-se muito, escreve-se muito, mas depois...
Ainda um dia sonho ser vice-presidente da Briosa, Com o Senhor Dr. Ricardo como presidente, era uma excelente aposta.