sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

BACO EM VEZ DE TROIKA...


Passaram vários séculos desde que alianças estratégicas privilegiaram a exportação de produtos portugueses ajudando a balança comercial. O vinho do Porto adquiriu então notoriedade por força do mercado inglês. Ainda hoje se sentem os efeitos.

Hoje, Portugal volta a mergulhar numa das suas mais profundas crises. É já um lugar comum dizer-se que a saída passa pela internacionalização da nossa economia e pela exportação de produtos e serviços. Mas é tão verdade que deve repertir-se à exaustão.

Esta semana ao ler a Revista Veja, no Brasil, tive a grata oportunidade de confirmar a qualidade e o reconhecimento público dos vinhos portugueses. Uma reportagem indicava que a Proteste Brasil considerou três vinhos portugueses (em 10 analisados e testados) como os melhores na relação qualidade/preço, sendo que o “campeão” é da região demarcada do Dão.

É bom ler notícias destas. Sobretudo nos tempos que correm.

Confirma-se assim que - como há séculos - o sector vitivinícola pode ajudar (e muito) a nossa economia a recuperar e a internacionalizar-se, através da exportação direta, mas também aproveitando o elevado potencial turístico do setor. Países como o Chile e a Argentina podem ser boas fontes de inspiração!

O Brasil é, hoje, reconhecidamente um dos mercados de consumo mais relevantes do Mundo. Também nos vinhos começa, quer na produção e sobretudo no consumo, a despontar.

Apesar de tudo há ainda muito a fazer, essencialmente na promoção, pelos vinhos portugueses nesta geografia. Por experiência pessoal digo que nem sempre a oferta de vinhos portugueses é a adequada (seja porque escassa ou pelos preços exorbitantes), sobretudo se comparada com os vinhos chilenos e argentinos. Há ainda, pois, um caminho a percorrer, simultaneamente desafiante e gratificante pela qualidade intrínseca dos nossos vinhos.

Ainda assim, pode Baco fazer mais pela economia nacional que a Troika...

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