sexta-feira, 18 de março de 2011

A ÁRVORE DAS PATACAS...



A Suécia é um dos países do Mundo com maior com maior nível de exportações face ao respectivo Produto Interno Bruto. Aproximadamente metade do que é localmente produzido acaba sendo encaminhado para mercados externos. É, pois, compreensível e natural a notoriedade global de marcas como a Volvo, a Ericsson e Ikea, entre outras.

O modelo de desenvolvimento sueco é há muito comentado pelos positivos resultados económicos e sociais obtidos. Assenta sobretudo na elevada qualificação dos cidadãos, na aposta permanente em inovação, na internacionalização das empresas, das pessoas e das instituições e num Estado-Social que promove o bem-estar colectivo.

Ora, é este país que esta semana decidiu abrir no Brasil uma delegação da respectiva agência de comércio externo, ou seja, uma plataforma de aprofundamento comercial e empresarial entre os dois países. A motivação é simples: esta é a hora do Brasil.

Pela mesma razão – mutatis mutandis – chega hoje Barack Obama a “terras de Vera Cruz”. Traz a família toda como sinal de simpatia por um povo com quem as relações foram tensas nos últimos anos.

Mas como “quem não tem cão caça com gato”, os EUA – mergulhados ainda numa crise económica e social – compreenderam que a pujança do mercado brasileiro pode ser um catalizador para a recuperação nacional. Falar-se-á muito de diplomacia – com certeza! – mas o que vem na mala são obviamente números. Muitos números para ajudar a sair do buraco a ainda maior economia do Mundo.

Enfim, o Brasil é encarado, hoje, como uma espécie de “árvore das patacas” para muitos países que começam a descobri-lo. Mais de 500 anos depois dos portugueses!..

Pena é que com uma língua comum, uma história partilhada e afinidades culturais evidentes, Portugal não esteja a aproveitar como deveria a relação estratégica com o Brasil e o momento de ouro que este país está a viver. Sobretudo quando, em Lisboa, o estado actual é comatoso!..

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