"Se um homem não sabe a que porto se dirige, nenhum vento lhe será favorável" (Séneca)
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
DEMOCRACIA VIRTUAL (II)
Obviamente, não são necessários 230 deputados para garantir as competências constitucionalmente previstas. Nem advogar que 180 são mais do que suficientes significa qualquer deriva anti-parlamentar.
O parlamento português ainda é demasiado opaco e ineficiente. Reduzir o número de deputados não é a panaceia para todos os males, mas pode ajudar a atingir outros níveis de produtividade e de reconhecimento externo.
Importa pois dar condições efectivas aos parlamentares para efectuarem trabalho político de maior proximidade nos respectivos círculos: espaços adequados e assessorias. Estes recursos seriam atribuídos na razão directa de um maior escrutínio público da actividade que desempenham. Uma vez em incumprimento com o compromisso eleitoral, além da penalização óbvia nas urnas, deveria garantir-se a perda imediata de algumas regalias.
Acresce, que os parlamentares deveriam ter outro nível de suporte técnico na produção legislativa e demais tarefas. Se muitos deles não estão minimamente preparados, pior ainda quando não têm de facto quem os apoie. Também as regras deveriam mudar: mais competência técnica, mais transparência nas contratações e mais recursos obviamente disponíveis.
Nos dias que correm, ter deputados info-excluídos – e são muitos!! – é mais ou menos o mesmo que analfabetos na Primeira República. Ora se é inadmissível que não usem das tecnologias da infornação e do conhecimento para comunicar, buscar inspiração, receber “feedback”...mais ainda se torna quando o próprio parlamento não tem uma estratégia assumida nesta área. Ainda pensam que ter um site da AR é suficiente para se dizerem na era da internet. Nada mais errado!
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