quarta-feira, 28 de julho de 2010

A MÚSICA É OUTRA...



Vilar de Mouros continua a ser uma pacata vila do norte português. Excepção feita para uns dias no ano, quando se transforma numa das catedrais do rock em Portugal e a agitação emerge. Saudável movimento dizem os locais que passam o ano a pensar no dito. O mesmo se poderia dizer da vizinha Paredes de Coura, da Zambujeira do Mar e de outras localidades, que não fora o mapa detalhado, não saberíamos nunca onde ficam.

Pois bem, os festivais de música contribuíram decisivamente para o desenvolvimento turístico destas localidades e para a geração de riqueza local, que assim passaram a estar no roteiro nacional e internacional, durante os dias dos concertos, mas também muito para além destes.

Há festivais para todos os gostos: de música sinfónica ao rock, da electrónica ao jazz. De diversos elementos em comum destacaria um: são factores de promoção local.
Veja-se o caso do “Rock in Rio Lisboa”, que, apesar do “Delta Tejo”, do “Optimus Alive”, do “Super Bock Super Rock”, todos na mesma cidade, ganhou uma dimensão mundial relevante e promove como poucos eventos o nome da nossa capital. É oferta cultural com qualidade que se associa a uma estratégia de promoção externa importante.

Coimbra, que já teve festivais de música reputados, tem hoje (apenas) o “Jazz ao Centro”, que não é coisa pouca pela qualidade intrínseca do mesmo, porém, ao que parece, muito pouco apoiado pelos organismos públicos e, sobretudo, pela autarquia a quem caberia um papel-chave nesta matéria. Repare-se que, mesmo para um leigo como eu, ao falar em jazz penso imediatamente em Cascais (Cascais Jazz e Luís Villas-Boas). Há marcas que se constróem e associações ineludíveis.

Quando falamos de Coimbra, actualmente, já só nos resta a associação a arrufadas e pastéis de santa clara!!.. Muito pouco para tamanha história e riqueza intrínseca. A música aqui é outra!..

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