quarta-feira, 28 de julho de 2010

FAZER DO ERRO UMA LIÇÃO



Saber interpretar os erros e as derrotas é tão importante quanto explorar os efeitos do sucesso. Tenho para mim que deve ser assim sempre. Na escola, na empresa, na vida em geral, logo, também no desporto.

Os portugueses estão pouco habituados a reflectir sobre as causas do insucesso. Fogem desse debate, fazendo a fuga para a frente, crendo que assim enganam uma espécie de fado colectivo. Erro crasso! Assim nunca compreenderemos porque falhamos...

Na época passada, a Briosa poderia ter alcançado, sem espanto, uma posição classificativa que daria acesso directo às competições europeias, acaso não tivesse falhado por inúmeras ocasiões nos últimos três minutos do jogo. Ao invés, vivemos em sobressalto. Todavia, não é sina ou inevitabilidade metafísica sofrer golos “ao descer do pano”. Não! Então o que se passou?..

Pois bem, na preparação da época que agora inicia deveria exactamente começar-se por entender as causas dos infantis erros no passado recente. Haverá decerto justificação para as mesmas seja no domínio desportivo, psicológico ou outro. Essa revelação teria um valor estratégico imenso. Dirigentes e equipa técnica começaram a construir a actual equipa partindo daquela interrogação?.. Pois não sei...

Por outro lado, depois de experiências técnicas muito interessantes como Domingos e Villas-Boas o grau de exigência naturalmente aumentou e, confesso, Jorge Costa terá que provar desde logo que foi uma escolha acertada a todos os níveis. Dentro e fora do campo.

Duas considerações antes de fechar: já passou muito tempo desde que o Zé Castro foi embora. O mesmo é dizer que há muito que a Académica não transfere um activo formado nas suas “canteras”. Para um clube com estas características e dimensão é chave apostar na formação. Por seu turno, há muito que se anuncia a reconciliação entre a Briosa e os estudantes da Academia. A verdade é que os números de “capas e batinas” presentes nos jogos não correspondem à anunciada vontade das partes. É tempo para esse relevantíssimo passo. Não se garante apenas o estímulo presente - mais importante – acautela-se o futuro!

Finalmente, no decurso da presente época terá desfecho o processo judicial que envolve o Presidente da Briosa. Torcemos pela respectiva absolvição, também para que se não produzam efeitos colaterais.

Venha a bola, que estamos ansiosos por começar com o pé direito na Luz a 15 de Agosto. Não poderia haver melhor tiro de partida!

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