quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

DEMOCRACIA DIGITAL XXXVI


Na semana em que o Mundo tem os olhos postos em Copenhaga por causa da Cimeira do Clima, vale a pena perceber de que modo a internet e as novas tecnologias foram contribuindo nos tempos mais recentes para a sustentabilidade ambiental do planeta.

Há muito que o cálculo da “pegada ecológica” (ecological footprint) pode ser feito na net, dando-nos a percepção real da “quantidade de terra e água que seria necessária para sustentar as gerações actuais, tendo em conta todos os recursos materiais e energéticos gastos por uma determinada população”.

Ora, este tipo de iniciativa, promovida por diversas universidades e organizações não governamentais (ex: http://earthday.net/footprint2/index.html), tem feito mais pela consciencialização ambiental, sobretudo das novas gerações, que muitos diplomas legais ou conferências inter-governamentais.

Hoje em dia, as novas tecnologias permitem a divulgação eficiente de boas práticas e, essencialmente, consubstanciam modelos energeticamente eficientes. Os utilizadores e consumidores têm uma crescente consciência ambiental, de tal modo que as opções são feitas não apenas com base na performance dos produtos e serviços, mas também no respectivo comportamento energético e ambiental.

Ser “Amigo do Ambiente” não é mais uma questão marginal de meia-dúzia de “freaks”; é efectivamente uma condição diferenciadora no mercado para conquistar a simpatia generalizada dos consumidores; é uma marca distintiva para políticos e políticas; é, em suma, um sinal dos tempos modernos em que as consciências colectivas acordaram para aquele que é seguramente o maior desafio para a condição humana: preservar o planeta e o ambiente.
Publicado no JORNAL OJE

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