Dá título a esta prosa a obra
prima do françês Victor Hugo em que a personagem principal, Jean Valjean, é o
expoente máximo do Homem que luta contra todas as adversidades e injustiças da
sociedade. Diria, hoje, um esterótipo de muitos milhares de portugueses que já
estão, ou prestes a estar, no rol dos 15% de desempregados. A maior tragédia da
sociedade lusa dos últimos 30 anos.
Os números
assustam pelo crescente gigantismo, mas a inépcia política para os derrubar
revolta. Sobretudo, quando todos percebemos que a receita dos últimos dois anos
não resultou. Crescimento e emprego não se geram com mais impostos e cortes
salariais. Cortar “as gorduras” do setor público não implica forçosamente
estrangular empresas e pessoas.
Não preciso citar
– uma vez mais, pois já o fiz amiúde – o Nobel Paul Krugman para reforçar que
menos investimento e mais impostos só trazem recessão, invocarei, antes, a
insuspeita economista Teodora Cardoso quando, ontem, reforçou a ideia de que “estamos
à beira do Terceiro Mundo”, dada a perda de competitividade forçada por
salários baixos e tamanha redução do investimento e poder de compra.
Como Teodora bem
lembrou a competitividade depende muito mais da qualificação das pessoas e da
qualidade dos processos do que da redução dos custos de produção. Os setores de
ponta e tecnologia são disso um bom exemplo.
Para confirmar
este discurso, noutra latitude, as autoridades brasileiras decidiram agora
baixar ainda mais as taxas de juro e ponderam reduções fiscais para estímular o
crescimento que está em queda por influência global.
Portugal precisava
mudar de vida? Sim. Pena é que as vítimas sejam as gerações que nenhuma
responsabilidade tiveram no regabofe dos últimos 30 anos em que o desperdício e
a incompetência foram a palavra de ordem. Ainda vamos a tempo? Sim. Mas
expliquem-nos por favor o caminho e as razões do mesmo. Não estamos condenados
a ser miseráveis!
Boas,
ResponderEliminarEu não ligo nada a partidos... mas miserável foi Socrates e os amigos que triplicaram a divida do país...
http://oinsurgente.files.wordpress.com/2011/04/dc3advida_pc3bablica_portugal_1850-2011.png
é fácil governar quando se empresta dinheiro... tal como fez Cavaco quando era primeiro-ministro. Os governantes hoje em dia, são jovens (sem qualquer experiência em gerir sequer uma empresa) e mais velhos que têm principal objectivo fazer amigos para ter um trabalho para a vida...(Ex: Jorge Coelho, Mira Amaral, Fernando Gomes, e muitos mais)
Cumprimentos,
Pedro